“O ensaio de Wallace [é] incomparavelmente melhor escrito e desenvolvido do que os ‘resumos’ de Darwin ... o ‘princípio da divergência’ de Darwin não ofereceu nenhuma explicação para o ‘desvio contínuo’. Não explicou nem a formação de linhagens nem de ‘morfoespécies’. Darwin disse apenas que: ‘... a prole variada de cada espécie tentará (e só alguns conseguirão) ocupar tantos e tão diversos lugares na economia da natureza quantos sejam possíveis’. Essa conjectura contraria a experiência de Wallace ... [e] só poderia ser vista por Wallace como uma especulação de alguém que conhecia muito pouco da variação que ocorria na natureza (Papavero & Llorente-Bousquets, 1994, p. 105).”
http://www.evolutionnews.org/2015/06/john_west_on_al096631.html
Uma pergunta se repete muito nos debates entre Criacionismo e evolucionismo, se Darwin foi honesto ou não com Wallace; abaixo lemos escritos de Wallace e depois de Darwin que revelam por si mesmos a desonestidade de Charles Darwin: (Texto retirado de debate do professor Rubens Antonio )
No livro "Origem das Espécies" observamos a postura bajuladora de Darwin citando centenas de autores com muitos elogios juntos, parece que ele mesmo faz apenas uma revisão bibligráfica reunindo tudo o que todos já falavam, inclusive apresentando idéias lamarkistas mais presentes nas suas primeiras edições.
Abaixo vemos as considerações de Wallace onde observamos dominar muito mais o tema seleção natural, contrastadas com Darwin onde vemos estar muito mais influenciado pelo lamarkismo; o que demonstra quase que claramente que Darwin era lamarkista confesso e que as idéias de Wallace foram desenvolvidas após receber suas cartas.
WALLACE, Alfred Russel. “Sobre a tendência das variedades a divergirem indefinidamente do tipo original.” (1858): |
Darwin (“A Origem das Espécies.”, 1859) Darwin (“A Origem do homem e a seleção natural.”, 1871) |
CONCLUSÕES DO PROFESSOR RUBENS ANTONIO EM 21/12/2007
São só alguns recortes simples... Isso nas suas principais obras acabadas...
Não procurei mais... Para o gasto dá...
E olha que não estou com o "rascunho" de Darwin aqui para apresentar a vcs... A coisa é muito... muito mais grave...
Se a argumentação é mais completa em Darwin... como eu disse... Ele tinha os dados mas não os transformara em Informação. Não era burro... Era um malandro.
Só fez sua proposição quando o mecanismo veio através do texto primeiro de Wallace... Esse Wallace... em que não há uma Vírgula dque seja lamarckista... Se alguém tiver, atire essa pedra. Só que essa pedra não há.
Mas isso é sobre o conteúdo.
A discussão aqui era sobre a Maneira como se deu um furto...
Se o texto de Wallace não é tão elaborado, porque comparam esses dois livros com o texto de Wallace... deveriam comparar, na verdade, os texto de Wallace com o "rascunho" de Darwin..
A chave para o entendimento da Seleção Natural? A força ampla da Linha Wallace.
A que Darwin cita? Constrangedor casualismo...
Depois, Wallace, contido pela avalanche da autoridade da Royal Society, naturalmente se afastou do centro do debate, permanecendo meio isolado... meio como sendo uma vergonha sua constrangedora presença ali...
Bem... É isso...
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Wallace, por sua vez, fragmentou sua argumentação sobre o assunto em pequenos artigos escritos para especialistas, e sua importância acabou parecendo secundária a ele próprio. Num segundo momento, em virtude da reação do próprio Darwin (expressa na carta para Lyell de 18/06/1858) e convictos de sua falsidade, alguns estudiosos passaram a dar uma importância cada vez maior ao manuscrito de 1858 de Wallace, a ponto de considerar que o maior mérito, com efeito, pertenceu a ele, e que Darwin fora efetivamente antecipado.6 Segundo Papavero (cf. Papavero & Llorente-Bousquets, 1994, p. 91), Darwin chegou à teoria da seleção natural, mas não entendeu a origem das espécies:
“O ensaio de Wallace [é] incomparavelmente melhor escrito e desenvolvido do que os ‘resumos’ de Darwin ... o ‘princípio da divergência’ de Darwin não ofereceu nenhuma explicação para o ‘desvio contínuo’. Não explicou nem a formação de linhagens nem de ‘morfoespécies’. Darwin disse apenas que: ‘... a prole variada de cada espécie tentará (e só alguns conseguirão) ocupar tantos e tão diversos lugares na economia da natureza quantos sejam possíveis’. Essa conjectura contraria a experiência de Wallace ... [e] só poderia ser vista por Wallace como uma especulação de alguém que conhecia muito pouco da variação que ocorria na natureza (Papavero & Llorente-Bousquets, 1994, p. 105).” -
“A interpretação clássica do artigo de 1858 de Wallace é que ele representa uma descoberta independente do mecanismo darwiniano de seleção natural; o texto certamente contém a descrição de uma forma de seleção natural, aparentemente próxima o suficiente para persuadir o próprio Darwin de que ele havia sido antecipado.
Mas um bom número de historiadores tem argumentado que uma leitura atenta do manuscrito sugere maiores diferenças nos modos pelos quais Darwin e Wallace formularam a idéia ... A teoria da seleção natural de Darwin depende da luta pela existência entre variantes individuais dentro da mesma população (mas o termo ‘variedade’ foi freqüentemente utilizado para denotar o que agora chamamos de subespécies – populações locais diferindo em algum modo bem marcado do resto da espécie). Minha posição é que uma leitura atenta do artigo sugere que Wallace estava pensando em competição entre variedades neste ponto; ele não oferece qualquer explicação sobre como as variedades são formadas, mas argumenta que, uma vez formadas, elas competirão umas com as outras até restar apenas uma, após o que elas novamente dividir-se-ão em variedades para repetir o processo. Significativamente, Wallace não viu qualquer ligação entre o mecanismo que apresentou e a seleção artificial dos criadores – por contraste, um fator chave que forneceu a Darwin uma visão da seleção individual na natureza. Observe-se também que, na versão reimpressa depois de Wallace ter lido Darwin, foram adicionados subtítulos que tendem a realçar a impressão de que ele estava pensando em seleção individual (Bowler, 2003).” -
importância do texto de 1858 de Wallace:
“Desde 1844 ... Darwin tinha escrito um esboço de uma teoria da evolução por seleção natural, com a sobrevivência diferencial de indivíduos mais aptos. Alertado por Lyell sobre a importância da ‘Lei de Sarawak’ de Wallace, em 1856 começa a escrever seu livro, Seleção natural. Quando escreve a carta a Asa Gray, em 5 de setembro de 1857, ele propõe um ‘princípio de divergência’ que contudo não explica a divergência progressiva dos registros fósseis. Essa teoria ‘incompleta’ ele tinha incluído no capítulo VI do livro em 31 de março de 1858. Em algum momento entre 16 de maio e 12 de junho Darwin recebeu a correspondência de Wallace. Brooks propõe que foi a 18 de maio, quando escreveu a carta para Lyell ... Darwin percebeu de imediato a força do argumento de Wallace, e quanto mais pensava mais via como sua teoria ainda era incompleta. Releu cuidadosamente o artigo ‘Sobre a lei que regula a introdução de novas espécies’... Foi então que Darwin escreveu as 41 páginas extras que inseriu no manuscrito do livro grande (Ferreira, 1990, p. 62).”
Em seguida, Ferreira sustenta que “no artigo de Wallace o problema da divergência está completamente resolvido” (Ferreira, 1990, p. 51). Essa posição está perfeitamente alinhada com a afirmação de Ferreira, na Apresentação de seu livro, de que:
“esses últimos anos ... foram também testemunhas de uma revisão na historiografia da teoria da evolução biológica. Tornou-se claro que a contribuição de Alfred Russel Wallace foi muito mais importante do que até então se pensava” (Ferreira, 1990, p. 15). -
“... a similaridade entre a versão de Darwin da ‘seleção natural’ e o princípio que Wallace propôs neste ensaio tem sido superestimado por muitos escritores. Gostaria de sugerir que a apresentação de Wallace foi, de alguma forma, superior à de Darwin. Wallace não se preocupou com o problema da variação do mesmo modo que Darwin – ao invés, tomou a variação como admitida. Ele também colocou muito maior acento na ação contínua e rigorosa do princípio como uma explicação de por que não se vê nenhuma forma desequilibrada e pobremente adaptada ... Mais importante, Wallace evitou personificar o princípio, tanto que ele permaneceu um processo, mais do que uma força. Isso permitiu-lhe evitar o pensamento teleológico, que ainda encantava adeptos da ‘seleção natural’ de Darwin ... É lugar comum que Wallace, através de sua vida, foi um ‘selecionista’ mais estrito que Darwin. Esta diferença já está refletida neste primeiro ensaio de Wallace, que por isso tem uma estrutura mais clara que qualquer dos escritos de Darwin (como o geólogo Charles Lyell apontou) (Reiss, 2003).”