DILUVIO DE PEDRAS
Sodré Neto
The Paradox of Morphological Stasis, the Abolition of Conventional Geochronology and the New Neocatastrophic Impact TheoryVIDEO 1 DE 7 MINUTOS EXPLICANDO O ARTIGO
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Sodré, GBN; Alves, EE; Lutero, BS; Barna, D; Machado, RC
Sodré Gonçalves de Brito Neto¹, Everton Fernando Alves²
Hector Lutero Honorato de Brito Siman³, Dan de Barna, Roberto Carlos Machado
¹Graduando em Geologia, Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil. ²Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular, Universidade estadual de Maringá, UEM, Paraná, Brasil. ³Departamento de Patologia Geral Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, Brazil. Dan de Barna, autor do livro "Manzana de Adan (Génesis & Prehistoria)" .Roberto Carlos Machado, Pesquisador Independente
E-mail autor: geologiaatual@gmail.com
CONCLUSÃO - TESE - A estase morfológica no registro fóssil só pode representar o sepultamento de uma população em um só momento , qualquer interpretação que avançar um milímetro sequer desta realidade, contrariará tudo que conhecemos sobre evolução e plasticidade adaptativa das espécies ao longo do tempo.
RESUMO - A anomalia surpreendentemente encontrada de que não há mudanças significativas morfológicas (incluindo aquelas em direção as filogenias e morfologias díspares) no registro fóssil, para confirmar e convalidar a árvore evolutiva de ancestralidade totalmente comum e/ou pelo menos para representar as grandes mudanças ambientais ocorridas ao longo de milhões de anos, é chamada na literatura de “paradoxo da estase morfológica” (PMS - paradox of morphological stasis) e neste trabalho demonstraremos sua relação com a geocronologia e estratigrafia sob efeitos de impactos de asteroides ocorridos na terra.
ABSTRACT - The surprisingly found anomaly that there are no significant morphological changes (including those towards phylogenies and disparate morphologies) in the fossil record to confirm and validate the evolutionary tree of ancestry totally common and / or at least represent the major environmental changes occurring over millions of years, is called in the literature "paradox of morphological stasis" (PMS) and in this work we will demonstrate its relation with the geochronology and stratigraphy under the impact of asteroids occurred in the earth. |
Palavras-chave: Paradoxo da Estase Morfológica, Geocronologia, Taxonomia, Estatística Fóssil, Fósseis Vivos, Tipos Básicos Ancestrais, Catastrofismo e Neocatastrofismo, Especiação Em Tempo Real, Estase Morfológica, Pontualismo, Saltacionismo, Parcimônia, Epistemologia, Aceleração de Decaimento Radioativo, Uniformismo, Segregação e Estratificação Espontânea, Paleontologia em T, Impactos, Meteoro, Asteroide, Plasma, Tokamak, piezoelétrico, decaimento radioativo, urânio, Fusão Nuclear, Fósseis Vivos, Diamantes, Temporalidade, Carbono 14, Tecidos moles, Métodos de Datação, Paleobiologia.(Glossário abaixo)
INTRODUÇÃO
O paradoxo da estase morfológica (PMS - paradox os morphological stasis) é a observação de permanência de mesma ou semelhante forma (dentro do "morfo-espaço") nas amostras do registro fóssil contidos nos estratos e camadas geológicas sedimentares do fanerozoico e/ou pré-cambrianas. Esta permanência é precedida por surgimento pronto (sem etapas evolucionarias achadas antes nem lateralmente no sentido de ligar evolucionariamente um padrão morfológico fóssil ao outro, o que é chamado de padrão de disparidade ou diferenciação de padrões morfológicos aumentada no registro fóssil) , bem como extinção da forma no registro fóssil sem etapas de diversificação antes de extinção que se observa hoje , e as vezes reaparecimento daquela forma extinta , da espécie ou forma padrão, viva hoje, criando assim lapsos de sua ausência no suposto tempo de milhões de anos de intervalo considerado.
Nós refletimos que a permanência morfológica de uma espécie e sua repetição nas camadas é capaz de ligar uma camada a outra, em termos de tempo, na maioria das espécies , uma vez que raríssimas espécies podem ser observadas ficarem sem alterações morfológicas diante de mudanças de tempo e consequentemente de ambiente.
O surgimento pronto de espécies ou criaturas fósseis como padrão paleontológico (tendo sua maior expressão justamente no cambriano/ediacara que correspondem com o surgimento de camadas sedimentares ) e a estase morfológica fóssil, repetindo as muitas mesmas espécies em estratos geológicos superiores , com o padrão de surgimento pronto sem antecedentes ou etapas evolutivas anteriores , tem dado aos criacionistas muita esperança de que a Bíblia e 274 outras fontes arqueológicas sempre estiveram certas ao declararem que o mundo antigo foi sepultado por uma conjugação de relatos de diversas catástrofes diferentes, tendo em comum uma grande inundação arrebatadora que muitos relatos dos antigos chamam de dilúvio. Alem dos criacionistas, os cientistas do design inteligente, que é um ramo interdependente da linha de estudo criacionista, ou que representa uma de suas linhas de pesquisa, dão destaque ao surgimento pronto no registro fóssil, como a confirmação de inúmeros estudos bioquímicos iniciados principalmente por Michael Behe, da célula e sistemas de vida , que não funcionam caso faltem partes (complexidade irredutível). Alguns dos autores que publicaram a respeito (Loening, 2006, 2017; Denton, 1986, 2016; Meyer, 2009, 2013; Webe BH, 2010; Moriwitz, 1992; Kaufmann, 1993; Dembsk, 2004; Gonzáles, 2004; Wells, 2000, Axe, 2016) e muitos outros. Todos obviamente evocando indiretamente ou discretamente de alguma forma a necessidade de parâmetros de leitura e compreensão dos dados a partir de softwares que simulam inteligencia e por assim dizer evocam um design inteligente e consequentemente os relatos antigos do Criador, o que fez romper não somente a barreira epistemológica que separa ciência estritamente materialista , onde todo cenário avistado é comprimido numa camisa de força epistemológica materialista de uma ciência pós modernista que abraça deduções metafísicas juntas ou amplas o bastante para reencontrar sabedorias , crenças e relatos antigos em sua forma mística de descrever dentro de sua forma de expressão mitológica, simbólica ou análoga, com baixo ou alto percentual e características de alguma literalidade falseável, os detalhes nossas origens.
Estes relatos antigos também falam de separação da terra e a geologia moderna, talvez em parte pelas ondas modernistas do iluminismo anti-religioso francês que imperava em toda Europa que era o centro do saber da época, teve muita resistência para aceitar a teoria da deriva continental de Alfred Wegener que em 1913 alegou ter iniciado a separação a uns 300 milhões de anos. Na época não tínhamos o "google earth" que mostra os contornos ainda extraordinariamente preservados por milhões de anos se encaixando quase que perfeitamente ainda hoje, apesar das catástrofes e impactos que se assumem ter ocorrido neste longo período, ou mesmo no período hoje assumido de 200 milhões de anos como inicio das separações , impactos estes que teriam desmanchado, castigado e erodido violentamente, estes mesmos contornos, contraditoriamente preservados ainda se encaixando um ao outro, surpreendentemente, como peças de um quebra-cabeças entre continentes da terra .
Mas se a academia pudesse extinguir o fator tempo (e neste trabalho mostraremos como) nos perguntamos se estas águas vindas das profundezas relatadas na Bíblia, juntamente com tantos desastres de magnitude global de outras fontes arqueológicas, não seriam, juntamente com a separação póstuma da terra também relatada, consequências de uma chuva inédita de asteroides na terra (pois temos milhares de evidências que o inicio da separação foi extremamente violenta e para rachar a crosta continental (que pode medir até 80 kilômetros de espessura) teríamos que ter muitas marretadas violentas de asteroides) as quais teriam capacidade de sepultar os seres antigos e explicar então suas repetições taxonômicas e a tão "assustadora" estase morfológica, pois todas as espécies pertenceriam a uma mesma geração e estariam apenas 70% estratificadas por uma conjugação de 1) motores de segregação e estratificação espontânea(Minoletti, 2009; Dilly et al, 2015: Berthaut, 1986, 1988, 2002, 2004, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014; Lalomov, 2007, 2013; Julien, P.Y, 1993) 2) Zoneamento ecológico 3) Flutuabilidade de corpos (Brand, 2003)
Outro relato de um livro sagrado dos Maias , o "Chilam Balaam", parece descrever o que seria impactos de asteroides na terra, da seguinte forma:
"Ah Mucencab veio e obscureceu a face dos Céus... a Terra começou a despertar. Ninguém sabia o que ia acontecer. De repente, fogos subterrâneos irromperam subindo Firmamento adentro e choveu fogo do alto, e despencaram cinzas, e pedras e árvores foram lançadas para baixo, e madeiras e pedras se despedaçaram umas contra as outras. Então o Céu foi agarrado e afastado à força. A face do Céu foi fustigada de um lado para o outro e atirada para trás... as pessoas foram todas esmigalhadas; seus corações pararam enquanto elas ainda viviam. Então elas foram enterradas nas areias, no mar. Numa enorme e repentina torrente de água, a Grande Serpente foi arrebatada do Céu. O Firmamento caiu e a Terra afundou quando os quatro deuses, os Bacabs, apresentaram quem trouxe a destruição do mundo." . Os Incas disseram : Incas "Um dia, um grupo de estrangeiros chegou para avisar que os orgulhosos habitantes daquela cidade seriam destruídos pelo terremoto, pela inundação e pelo fogo. A maioria deles riu dos estrangeiros. Contudo, alguns sacerdotes da cidade ouviram o aviso e foram viver em lugares afastados no topo das montanhas. Algum tempo depois, uma nuvem vermelha apareceu no horizonte.Ela cresceu e cobriu toda a área, e sua vermelhidão era tão forte que iluminava o céu noturno. De repente, com um brilho e um estrondo, um terremoto destruiu muitos edifícios da cidade, e uma chuva vermelha começou a cair.Outros terremotos e mais chuva vieram em sequência, e uma inundação logo cobriu toda a cidade arruinada" Outro relato dos maias esse retirado do Popul Vuh: "Então as águas foram agitadas pela vontade de Hurakán, e uma grande inundação desabou sobre as cabeças dessas criaturas... Elas foram tragadas e uma nebulosidade resinosa desceu do céu... a face da Terra ficou sombria e uma pesada chuva que tudo escurecia começou a cair — chuva de dia e chuva de noite... Ouviu-se um grande barulho acima de suas cabeças, como se produzido pelo fogo. Então se viram homens correndo, empurrando-se, cheios de desespero; quiseram subir em suas casas, e as casas, desmoronando, caíram por terra; quiseram trepar nas árvores, e as árvores fizeram chacoalharam à sua frente"
.
Decaimento radioativo, produzindo bilhões de anos em 30 minutos
Para assumir a certeza de que existiram milhões e bilhões de anos de existência nas rochas , se assume desde penúltimo século, a premissa de que "sempre" existiu uma constância de decaimento radioativo, mas caso houvesse aceleração deste decaimento durante algum tempo, nós envelheceríamos as rochas .
Apesar de existir uma série de publicações e autores que publicaram artigos onde defendem evidências de aceleração de decaimento radioativo (Gentry, 1968-1982; Brown, 2006-2013), até hoje pouco se tem falado sobre isso , ou quando muito , fala-se numa influência irrisória de raios solares e campo magnético como influenciadores que poderiam alterar a constância de decaimento. porem nada tão significativo, porém existem muitas publicações que parece que não foram ligadas ao tema como de William A. Barker que descreve seu pedido de patente de aceleração de decaimento radioativo (como método de descontaminação de materiais radioativos) ,em 31 dez. 1991, da seguinte maneira :
"De um modo geral, a comunidade científica acredita que a taxa de decaimento de um núcleo radioativo é imutável. No entanto, é possível alterar a taxa de decaimento alterando o ambiente do emissor.... Desta forma, a taxa de decaimento da radioactividade dos materiais é grandemente acelerada e os materiais são assim descontaminados a uma velocidade muito mais rápida do que o normal. O estímulo pode ser aplicado aos materiais radioativos, colocando esses materiais dentro da esfera ou terminal de um gerador de Van de Graaff onde eles são submetidos ao potencial elétrico do gerador, como na faixa de 50 kilovolts a 500 kilovolts, para em pelo menos um período de 30 minutos ou mais. A presente invenção baseia-se no facto de a taxa de decomposição de materiais radioactivos poderem ser aceleradas ou reforçadas e assim ser controlada por um estímulo, tal como um potencial electrostático aplicado. Esse potencial, por exemplo, é incorporado na equação de tunelamento mecânico quântico para o coeficiente de transmissão T * T, incluindo uma energia potencial adicional"
Muitos outros trabalhos e pedidos de patente para métodos de aceleração de decaimento radioativo e descontaminação de materiais estão descritos na literatura (An Kinderewitscg, 2003; Gorodezki, 2005) . O aparato de Willian Parker citado precisou de 50-500 kilovolts para gerar aceleração de decaimento e descontaminar assim em apenas 30 minutos, mas quantos milhões de kilovolts geraria a queda de apenas 1 grande bólido? e qual seria as consequências em termos de aceleração de decaimento e envelhecimento de rochas diversos bólidos caindo, eletrificando, aquecendo e fragmentando a crosta terrestre?
As experiências com fusão nuclear em inúmeros testes e projetos como de equipamentos de tokamaks , de que , através de sistemas de plasma e temperatura, poder não somente aumentar decaimento mas até alterar núcleo de elementos estáveis (Bosch, 1999; Lee, 2008; Hesslow L et al, 2017; Izumi et al, 2016; Zhang et al, 2016; Xie et al, 2014) , e os efeitos de plasmas e outros aceleradores de partículas durante a queda de grandes bólidos (dos quais temos catalogado apenas em torno de 0,2%), tendo nós mesmos dado uma contribuição relevante para tendência de decaimento acelerado em relação ao diâmetro do bólido (Figura 1), tudo isso nos assegura que podemos simular aqui uma interpretação isenta da dependência tradicional da geocronologia devido esta não poder mais estar (pelo menos “absoluta”) diante de tais testes e fatos e de muitas outras perspectivas datacionais anacrônicas, sem necessitar portanto de tais inúmeras justificativas ad hoc, podendo simular uma interpretação com os dados como eles simplesmente são e estão.
A interpretação isenta da geocronologia convencional e tradicionalmente ensinada desde dois últimos séculos, economiza por assim dizer, uma série de malabarismos justificadores de anomalias anacrônicas que pululam nas descobertas científicas, mas ela trará novos desafios como por exemplo, se não temos este tempo todo distanciando a queda de bólido do outro, então poderíamos nos aproximar mais de estudos da NASA de múltiplos impactos na história da terra ? (Spray, 1998; Donald R. Lowe, 2004; Bunch, 2012; Witke JH, 2013; Kennett, 2015). A evasão de gases e o isolamento dos raios solares pelas grossas nuvens de fumaça esfriariam rapidamente a superfície da terra, criando a glaciação, em cima de uma crosta fervendo logo abaixo dos continentes e das águas em movimento ? Poderia a queda de grandes bólidos envelhecer rochas pela aceleração de decaimento radioativo? poderia transformar alguns elementos estáveis em instáveis arrancando nêutrons de seus núcleos? Na figura abaixo percebemos uma pista nesta direção:
Figura 1 - Linha de aumento de idade relacionada ao diâmetro de bólidos . Sodré & Lutero, 2017
***Observamos que há uma linha de tendência em relação a dizer que numericamente diâmetros maiores dos bólidos possuem maior probabilidade de estarem relacionados a maiores idades, e numericamente bólidos pequenos ajuntados em torno de idades menores, possuem proporcionalmente probabilidade de estarem relacionados a idades menores .
A queda de maiores bólidos representam potencial de aceleração maior de partículas e de possível até mesmo surgimento de elementos instáveis (Brown, 2013). As poucas exceções a esta tendencia verificada , podem ter explicações em relação ao terreno do impacto se apresentaria ou não amortecimento do impacto, e o mesmo vale para bólidos de diâmetros pequenos se o terreno impactado teria gerado ou não maiores fatores de aceleração de partículas.
A queda de um bólido maior implica em maior temperatura conjugada a maior efeito plasma conjugado a maior efeito piezoelétrico e a maior onda sonora; todos estes efeitos são aceleradores de partículas e , em graus cada vez mais elevados, são mais capazes de arrancar neutrons até de elementos estáveis, bem como estes neutrôns soltos se agregar a outros elementos criando instabilidade por neutrons a mais e a menos nos novos elementos radioativos gerados.
Se possuem tais potenciais de aceleração de decaimento maior, logo, bólidos maiores teriam a tendencia de ter maiores idades como revela o gráfico e bólidos menores , menores idades como demonstra o gráfico.
Padrão de Surgimento de Formas Prontas no Registro Fóssil
Se a geocronologia de idades de bilhões de anos não pode ser afirmada com toda a pretensa certeza absoluta , então teríamos sérias consequencias estratigráficas e de impactos , pois encurtaríamos o tempo das sedimentações e ajuntariamos cada vez mais os impactos para mais perto um do outro, aproximando da idéia de publicações que sugerem chuva de asteroides e multiplos impactos na terra como uma possibilidade de explicar o que fendeu violentamente a crosta continental de 70 kilometros de espessura, e formou a maioria dos cenarios extremamente catastróficos na terra , bem como uma lista infinda de acontecimentos que requereriam grandes magnitudes globais de acontecimentos como chegar a produzir inimagináveis taxas sedimentares (Sadler, 1981) que alcançasse os continentes e sepultasse vivo animais gigantes continentais completos.
Na lua existem 30.000 marcas de crateras (astroblemas) de grandes e pequenos asteroides e meteoros, e na terra, temos apenas 200 astroblemas. Como a lua está muito próxima , e a terra possui campo de atracão mais forte, se deduz que, sendo seu diâmetro , 3,67 maior que a lua, ela tenha recebido no mínimo 4 x 30.000 asteroides, ou seja, mais de 100.000 impactos foram erodidos, encobertos, e/ou estão ainda por ser descobertos na terra. Ou no dizer de Zellner:
"Novos dados orbitais de alta resolução de missões lunares recentes, resolução melhorada e sensibilidade da instrumentação analítica, desenvolvimento de novas técnicas analíticas para aquisição de idades para amostras lunares, reavaliação de dados da literatura e modelos dinâmicos atualizados de evolução do sistema solar que levam em consideração essas novas observações levaram a novas interpretações do início do bombardeamento da Lua (e por procuração, a Terra)" (Zellner, 1 de setembro de 2017).
A crosta continental possui média de 70 km de espessura. Para que ela se fendesse, de forma violenta como foi (como podemos ver na plataforma da américa do sul e na plataforma da áfrica , onde existem debaixo da costa marítma, gigantescas erupções semelhantes aquelas da bacia da Guanabara no Rio de Janeiro- Brazil, que deveria estar também como as milhares de outras debaixo de água, mas por algum motivo ainda misterioso e não explicado, está soerguida. O mistério do porquê que apenas este pedaço da plataforma estaria soerguido com uma grande depressão ao centro , rodeada de grandes erupções vulcânicas de altíssimas escalas sugere uma imensa catástrofe como fonte causadora de tal formação ígnea. Nestas imagens abaixo unimos estudos feitos na rússia com semelhanças a bacia da guanabara-RJ. Estas semelhanças requerem maiores estudos , mas tentam vincular a separação violenta entre áfrica e américa, a diversos quadros geomorfológicos que provavelmente podem ter relação com impactos .
Bacia da Guanabara- RJ
�Popigai Crater no norte da Sibéria, na Rússia. http://geology.com/articles/diamonds-from-coal/ .Diagram from Guidebook 27, "Geology of Big Bend Ranch State Park, Texas" by C. D. Henry. Bacia da Guanabara - RJ - Brasil (Imagem de Popigal adaptada). Imagem CBERS da Baía de Guanabara (Fonte: INPE) - http://geologiamarinha.blogspot.com.br/2010/03/
Paradoxo da Estase Morfológica abrindo 8 janelas
Na pesquisa científica, a parcimônia é a escolha econômica de justificativas para uma observação, buscando assim a explicação mais simples e otimizada possível e na maioria das vezes, ela é considerada a melhor maneira de julgar uma hipótese (Courtney, 2008). Apresentamos neste trabalho, o que julgamos ser o caminho mais econômico e próximo de enxergar o paradoxo da estase morfológica (PMS) no registro fóssil, “que além de ser algo inesperado é ainda mais dramático porque:
"estudar o conservadorismo morfológico a longo prazo é difícil nos sistemas contemporâneos, porque poucas linhagens animais existentes são conhecidas por permanecerem morfologicamente estáticas em relação às escalas de tempo geológicas". (Lavoué et al, 2011).
O mesmo fato é observado por Peter Williamson, professor de Geologia da Universidade de Harvard, ao sugerir que o neodarwinismo tem falhado em não conseguir explicar as descontinuidades sistemáticas no registro fóssil:
"o principal problema é a estase morfológica. Uma teoria é somente tão boa quanto o são suas predições, e o neodarwinismo convencional, que alega ser uma explicação abrangente do processo evolutivo, falhou por não predizer a ampla estase morfológica, agora reconhecida como um dos aspectos mais impressionantes do registro fóssil." (Williamson, 1981, p.214).
A maioria dos trabalhos que defrontam com o PMS, também acumulam novas soluções, e outros apresentam soluções em estudo de casos declarados como quase “exclusivos” ou “extraordinários” (Lavoué, 2011), dando a entender que para o resto dos seres vivos, ou para casos não extraordinários, fica sem solução. A partir de observações de grande possibilidade de erro na geocronologia pela aceleração de decaimento provocado por plasmas , altas temperaturas geoquímicas (Kennett, 2015), inclusive locais de impacto que são ricos em diamantes devido o choque ter produzido altíssima temperatura e pressão para produzir os mesmos.
Outros efeitos aceleradores de partículas (piezoelétricos e de ondas sonoras), por ocasião da queda de grandes bólidos (Figura1), referendando assim a possibilidade de uma interpretação dos dados, de forma direta e sem necessidade de justificativas, devido isenção da geocronologia tradicional que nos impõe uma necessidade de justificar a evolução ocorrendo mesmo sem dados morfológicos para tal, e também isenta da antiga idéia de Cuvier (1769-1832) que permanece praticamente constante até hoje na moderna teoria da evolução sintética , para explicar parciais sucessões de faunas estratigráficas, ignorando que já existe modernas propostas substitutivas de modelos de separação estratigráfica na literatura (Minoletti, 2009; Dilly et al, 2015: Berthaut, 1986, 1988, 2002, 2004, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014; Lalomov, 2007, 2013; Julien, P.Y, 1993) que evocam, depois de análise dos dados, que uma revisão geocronológica e estratigráfica é necessária e se demonstra ser uma alternativa muito pertinente para se lidar com praticamente todos os problemas levantados pelo PMS, de forma parcimoniosa, simples, econômica e mais comunicável com fatos evolutivos , sedimentares, consequencias sedimentares e estratigráficas das catástrofes de impactos, e com outras perspectivas datacionais anacrônicas sempre necessitando de calibrações, ajustes e hipóteses justificadoras.
Por muito tempo, na biologia evolutiva, o PMS tem confrontado a “evolução-fato” (mais experimental e observável) com a evolução histórica (mais conjectural e deduzida), onde a parte histórica, deduzida , mais conjectural e dependente da geocronologia de alta escala de tempo, apresenta um dos maiores problemas da teoria sintética da evolução (Mayr, 2002; Futuyama, 2010; Voge, 2016; Lonning, 2004), e isso tem levado pesquisadores a desenvolverem inúmeras justificativas, às vezes de extrema complexidade, às vezes extremamente distantes dos fatos materiais, dos dados concretos da paleontologia baseada em dados (Sepkoski, 2013), para tentarem harmonizar a falta de evolução e a falta de mudanças morfológicas, estacionadas em estase no registro fóssil , surpreendentemente presente durante supostos imensos períodos geocronológicos, o que realmente, pelo que conhecemos de evolução ocorrendo até em tempo real e a plasticidade responsiva dos seres vivos a mudanças no decorrer de pouco tempo, seria um completo absurdo, muito mais que uma simples anomalia, uma verdadeira aberração epistemológica.
Por muito tempo a biologia evolutiva tem proposto diversas soluções para PMS e padrões fósseis ligados a ela. Em uma leitura rápida dos dados materiais poderíamos perceber que:
1) Mecanismos evolutivos estão ausentes no registro fóssil, pelo menos materialmente, devido a pobreza taxonômica de 250 a 300 mil espécies num mar de estimativas de haver trilhões de amostras fósseis no planeta
2) Igualdade técnica para números de padrões corporais de fósseis, quando comparados à imensa biodiversidade atual de estimativas de 8 a 100 milhões de espécies, revelam não somente a evolução totalmente parada em relação a diversificação no registro fóssil, como contrastadamente em rítmo acelerado hoje, mas mesmo assim acelerada, ocorrendo com limites numéricos de quase mesmo número de padrões corporais fósseis;
3) Estase morfológica revela também ambientes constantes e/ou segregados, onde os seres até mesmo de mesmo genótipo, teriam que viver sem mudanças e quaisquer pressões ambientais, nutricionais, e inclusive, sem tempo para que previsíveis mudanças morfológicas ocorressem no decorrer de tão longo tempo, para conseguir manter tal padrão morfológico;
4) Repetição de mesmas espécies fósseis em estratos distintos, como evidencía de sepultamento de grande taxa sedimentar capaz de formar diversos extratos , de uma mesma população aparecendo em estratos distintos , e abandonamos a idéia de formas intercaladas por milhões de anos pelos dados que demonstram que praticamente todas as espécies mudam morfologicamente com o tempo (exceto casos raríssimos);
5) O surgimento de formas de vida prontas como padrão no registro fóssil representa o que chamamos de catástrofe inédita segregadora e estratificadora de espécies , pois se este padrão pronto se repete , isso sugere, pela propria perspectiva e percepção evolucionária, algo não ocorrido antes. O padrão de surgimento pronto nos fala de algo que sepultou e fossilizou os seres prontos e se refuta a idéia de várias catástrofes de Cuvier atualizadas nas várias extinções em massa da teoria da evolução sintética moderna, dando lugar a uma catástrofe estraficadora contendo repetição de mesmas espécies em estratos diferentes (SRABURC - Standard of Ready Ancestors Buried in Unprecedented Catastrophism).
6) Surgimento pronto também possui ligação com o polêmico assunto da “complexidade irredutível” que já desafiava por meio de milhares de estudos bioquímicos da célula e sistemas de vida, sobre a impossibilidade de existência e sobrevivência de seres e sistemas sem que estivessem prontos (Behe, MJ, 1997, 2009; Khun, 2012, Looning, 2005) (e independente daquilo que isso evoca a ciência não se proíbe de evocar nada, senão que deve se ater aos fatos) . Estas observações nos fala também que:
7) Um cenário rápido de sepultamento estratificador de grande parte da biodiversidade, algo condizente com rápidas, catastróficas e altas taxas sedimentares (Sadler, 1981) verificadas nas megabrechas , quatrilhões de pedras despedaçadas e carregadas da coluna geológica (Chawduic, 1978), nas espessuras, larguras, extensões e pacotes únicos de camadas sedimentares e ígneas, onde o aumento de diversidade de sepultados (fósseis) seguido de queda coordenada de diminuição de proporção de fósseis, poderia espelhar também movimentos estratigráficos nos transportes nas transgressões e regressões marinhas e não necessariamente histórias de aumento de diversidade seguidas de extinções em massa. Esta interpretação dos dados estaria totalmente dependente de que a geocronologia de alta escala de tempo nas datações sobretudo das camadas sedimentares , chamadas de “absolutas”, estivessem totalmente erradas e que a antiga idéia de Cuvier (1769-1832) de sucessão e revolução faunísticas, intercaladas por muito tempo, e suas atualizações na moderna teoria sintética da evolução, na verdade, seria apenas um momento na história geológica onde diversas estratificações estiveram sendo construidas contendo repetição de espécies de uma mesma população. E por fim;
8) justificamos a recomendação de novos estudos ligados ás possíveis falhas da geocronologia convencional por meio de estudo de patentes de métodos de aceleração de decaimento radioativo, envelhecendo rochas em bilhões de anos em apenas 30 minutos, e observações de comportamento de plasmas atômicos aceleradores de decaimento radioativo, muito provavelmente gerados na terra por ocasião da queda de grandes bólidos, como capazes não somente de acelerar decaimento radioativo, como de fusão nuclear e/ou modificação nuclear em elementos estáveis.
O Surgimento sem antecedentes Evolucionários
O surgimento de formas de vida prontas, como padrão no registro fóssil, se comunica com idéia de impactos que gerariam grandes erosões e sedimentação atuando em conjunto com grandes transgressões e regressões marinhas, deixando rastros de camadas de sedimentos sobretudo nas bacias da terra. Os padrões de surgimento pronto, podem ser interpretados como uma consequência de gigantescas catastrofes associadas que ocorreram , em relação a vida na terra , de forma inédita, que teria que formar vários estratos contendo amostras de diversos seres vivos prontos nunca "surgidos" evolutivamente em outros estratos. Estudos nesta direção de múltiplos impactos vislumbram tais deposições e estratificações como :
"A deposição de S1, S2 e S3 foi amplamente influenciada por ondas e / ou correntes interpretadas para representar tsunamis gerados por impacto, e S1 e S2 mostram várias camadas graduadas que indicam a passagem de dois ou mais trens de ondas. Esses tsunamis podem ter promovido a mistura dentro de um oceano globalmente estratificado.." (Donald, 2004)
Este padrão descarta a presença de mecanismos evolutivos anteriores para as primeiras formas de vida, pois se um ou outro surgissem, alternando com antecedentes evolutivos e outros sem antecedentes, poderíamos até relevar este ponto e considerá-lo acidental devido uma série de justificativas (erosões, raridade fóssil, saltos evolutivos, etc.), mas estes gerariam fatores estocásticos e não regularidades padrões nos estratos, e o fato deste acontecimento ser padrão nos impõe imensa carga de ter que admitir que formas prontas simplesmente aconteceram na terra e não possuem sustentação, pelo menos material, dados, nos fósseis, para dizerem que foram evoluídas, ou que erosões e raridade fóssil estocásticas formaria este padrão em diversos estratos, etc. A opção de entender que estas formas prontas representariam uma imensa catástrofe sepultando pela primeira vez toda a vida na terra, se comunica com o que podemos chamar de "padrão de ancestrais prontos sepultados em diversos estratos em inédita e recente catastrofe" (SRABVSURC - standard of ready ancestors buried in various strata in unprecedented and recent catastrophe Catastrophism ). Sem contar com o fato da disputa que milhares de cientistas mais ligados a bioquímica das células fazem de que sistemas de seres vivos em geral precisam estar prontos devido necessitarem de “complexidade irredutíveis” (Behe, MJ, 1997, 2009; Khun, 2012, Looning, 2005) para poderem existir , se adaptar, sobreviver e evoluir .
O Dr. Kjetil L. Voge nos enviou sua publicação recentemente na qual se faz uma ampla revisão bibliográfica do problema da PMS (Voge, 2016). Inúmeros trabalhos correlatos passam a tocar o problema apresentando alguma solução para a anomalia surpreendente da estase morfológica ocorrendo em calculados Ma (milhões de anos). Todos parecem não duvidarem, nem questionarem com respeito aos problemas da "intocável" geocronologia e suas datações “absolutas”, nem da estratigrafia convencional, mas buscam dentro destes modelos, criar justificativas das mais diversas para a PMS.
Mas este não é um caso raro onde a geocronologia e estratigrafia impõe justificativas para dados anacrônicos, observamos que muitos outros pontos da paleontologia passam pela mesma situação, desde a sabedoria milenar dos indios ao pronunciarem a palavra "itararé" (água mole em pedra dura tanto bate até que fura" ) onde vemos trilhões de rochas recebendo impacto sem sofrerem erosões compatíveis a muito tempo, até pontos que vão estar ainda mais frontalmente destacando o anacronismo , como a datação de tecidos moles enrijecidos com borras amarronzadas de hemoglobina datados em extraordinários 60 a 120 milhões de anos. Um completo absurdo científico que prefere justificar e especular sobre super-poderes misteriosos da proteína e tecidos moles de preservarem por tanto tempo, que questionar o absolutismo datacional, apesar que estudos recentes estão desbancando tais possibilidades de preservação (Saitta, 2017) . Mas em geral os absurdos são tantos que para que este artigo não se transforme num livro, escolhemos apenas três exemplos bastante flagrantes , na Tabela 2 abaixo, citando uma amostra de ínfima quantidade proporcional de artigos relacionados, todos buscando encontrar saídas do tipo “ad hoc” para anomalias surpreendentes e anacrônicas. Destaco que alguns destes artigos parecem até ironizar o problema de forma a poderem ser publicados, sem confrontar diretamente o paradigma convencional, ou, analisando por esta perspectiva novamente as palavras do Dr. Lavoué, ficamos até perplexos com declarações e confissões como que implorando soluções, ou denunciando a falta delas, como: “Estudar o conservadorismo morfológico a longo prazo é difícilnos sistemas contemporâneos, porque poucas linhagens animais existentes são conhecidas por permanecerem morfologicamente estáticas em relação às escalas de tempo geológicas”. (Lavoué et al, 2011). (Grifo nosso)
Desde o escândalo propalado pelo pontualismo de Eldredge e Gould, que parece que a academia representada por evolucionistas mais apegados tenta justificar ao máximo o sistema vigente geocronológico, que vai sendo solapado aos poucos por questionamentos cada vez mais irônicos, beirando a contundência e cada vez mais abertos, sem romper totalmente com o hímen do paradigma. Existe um grupo de publicações justificadoras da PMS que apelam, entre outras maneiras justificadoras, para “seleção estabilizadora”, ao mesmo tempo que acumulam outras soluções confessando indiretamente ou às vezes diretamente (Voge, 2016) sua insuficiência, pois apenas uma grande catástrofe como a queda de um grande bólido, os quais geram grandes taxas sedimentares (Sadler, 1981) e teríamos que ter morfologias não estabilizadas junto com estabilizadas, exigindo extraordinária sorte para aqueles que defendem essa tese, para que a mesma catástrofe não sepultasse as não estabilizadas pela seleção natural, exceto se a seleção natural fosse agir em conjunto com todas as espécies para formar padrão de estabilidade. Observe que a seleção, que deveria estar selecionando pelo menos alguns "díspares" para que se dirigissem no sentido de formar a árvore evolutiva de ascendência totalmente comum no registro fóssil , está agora, diante da PMS , destacando e dando maior notoriedade , dentro de diversas características contingenciais da seleção natural, sua característica conservadorista de estabilizar formas (conservadorismo que em outras circunstâncias e questionamentos é até evitado) . Os argumentos e estratagemas de destacar pontos verdadeiros, mas as vezes de forma isolada, se multiplicam em modelos computacionais, taxas flutuantes, e a confissão repetida de que tais justificativas ainda são insuficientes (Ver Tabela 2).
Tabela 2
Fato Surpresa |
Lista de algumas publicações justificando as anomalias não previstas pela Teoria |
PMS Paradoxo da Estase Morfológica
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1. Van Bocxlaer, Bert; Hunt, Gene (20 de agosto de 2013). «Morphological stasis in an ongoing gastropod radiation from Lake Malawi». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 110 (34): 13892–13897. ISSN 0027-8424. PMID 23924610. doi:10.1073/pnas.1308588110 2. Lavoué, Sébastien; Miya, Masaki; Arnegard, Matthew E.; McIntyre, Peter B.; Mamonekene, Victor; Nishida, Mutsumi (7 de abril de 2011). «Remarkable morphological stasis in an extant vertebrate despite tens of millions of years of divergence». Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences. 278 (1708): 1003–1008. ISSN 0962-8452. PMID 20880884 3. Pigliucci, Massimo (1 de junho de 2009). «An Extended Synthesis for Evolutionary Biology». Annals of the New York Academy of Sciences (em inglês). 1168 (1): 218–228. ISSN 1749-6632.doi:10.1111/j.1749-6632.2009.04578.x 4. Estes, Suzanne; Arnold, Stevan J. (1 de fevereiro de 2007). «Resolving the Paradox of Stasis: Models with Stabilizing Selection Explain Evolutionary Divergence on All Timescales.». The American Naturalist. 169 (2): 227–244. ISSN 0003-0147. doi:10.1086/510633. Disponível em 12/09/2017 em http://www.journals.uchicago.edu/doi/10.1086/510633 5. Hunt, Gene; Hopkins, Melanie J.; Lidgard, Scott (21 de abril de 2015). «Simple versus complex models of trait evolution and stasis as a response to environmental change». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 112 (16): 4885–4890. ISSN 1091-6490. PMID 25901309. doi:10.1073/pnas.1403662111 6. Voje KL.Evolução . 2016 Dez; 70 (12): 2678-2689. doi: 10.1111 / evo.13090. Epub 2016 9 de novembro. 7. Alexis Matamoro-Vidal , Charlotte Prieu , Carol A. Furness , Béatrice Albert , Pierre-Henri Gouyon , Estase evolutiva na morfogênese do pólen devido à seleção natural, New Phytologist , 2016 , 209 , 1, 376 8. Monique Nouailhetas Simon , Fabio Andrade Machado , Gabriel Marroig , altos constrangimentos evolutivos limitados respostas adaptativas a mudanças climáticas passadas em calaveras de sapo, Procedimentos da Sociedade Real B: Ciências Biológicas , 2016 , 283 , 1841, 20161783 9. Florian C. Boucher, Vincent Démery, Inferring Bounded Evolution in Phenotypic Characters from Phylogenetic Comparative Data, Systematic Biology, 2016, 65, 4, 651 10. Davis, Charles C.; Schaefer, Hanno; Xi, Zhenxiang; Baum, David A.; Donoghue, Michael J.; Harmon, Luke J. (22 de abril de 2014). «Long-term morphological stasis maintained by a plant-pollinator mutualism». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 11 (16): 5914–5919. ISSN 1091-6490. PMID 24706921. doi:10.1073/pnas.1403157111 |
Tecidos moles não resistentes e não fossilizados (permineralizados) |
1. Butterfield NJ Conservação orgânica de organismos não mineralizantes e a torneira do Burgess Shale. Paleobiologia. 1990; 16 : 272-286. 2. Stankiewicz BA, Briggs DEG, Michels R, Collinson ME, Flannery MB, Evershed RP Origem alternativa do polímero alifático no querogênio. Geologia. 2000; 28 : 559-5 3. Nguyen RT, Harvey HR Preservação de proteínas em sistemas marinhos: associações hidrofóbicas e outras não covalentes como principais forças estabilizadoras. Geochim. e Cosmochim. Acta. 2001; 65 : 1467-1480. 4. Briggs DEG O papel da decadência e da mineralização na preservação de fósseis de corpo macio. Ann. Rev. Earth Planet Sci. 2003; 31 : 275-301. Excepcional preservação fóssil e a explosão cambriana. 5. Butterfield NJ Integr Comp Biol. 2003 fev; 43 (1): 166-77. 6. Schweitzer, Mary Higby; Wittmeyer, Jennifer L; Horner, John R (22 de janeiro de 2007). «Soft tissue and cellular preservation in vertebrate skeletal elements from the Cretaceous to the present». Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences. 274 (1607): 183–197. ISSN 0962-8452. PMID 17148248. doi:10.1098/rspb.2006.3705 |
Presença de quantidade datável de Carbono 14 em Fósseis e minerais de Ma |
1. "Use of natural diamonds to monitor C-14 AMS instrument backgrounds," Nuclear Instruments and Methods in Physics Research B 259, (2007) p. 282-287. 2. Quaternary geology, radiocarbon datings, and the age of australites," Geol. Soc. America Spec. Paper, 84, (1965) p.415-432. 3. Dating Infall of Australites," (1970), Radiocarbon Journal 13(1), (1970) p. 8-11 4. Holzschuh, Josef (2005). «Recent C-14 Dating of Fossils including Dinosaur Bone Collagen». scienceeevolution. Consultado em 9 de setembro de 2017 |
Inúmeros artigos denunciando anacronismos |
180 artigos confrontando datação radiométrica «Search Tools | The Institute for Creation Research». www.icr.org (em inglês). Consultado em 14 de setembro de 2017
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Observe que a seleção, que outrora precisaria selecionar "díspares" para que se dirigissem no sentido de formar a árvore evolutiva de ascendência totalmente comum no registro fóssil, está agora , como um coringa, diante do PMS, sendo lida e dando destaque a seu poder conservadorista de estabilizar formas. Na revisão bibliográfica de Voge assim se resume:
"A afirmação de que a mudança direcional raramente foi observada no registro fóssil e que a estase era o modo dominante nas linhagens evolutivas (Eldredge e Gould, 1972, Gould e Eldredge 1977, Cheetham 1987, Jackson e Cheetham, 1999) provocaram um intenso debate entre biólogos evolutivos (Gould 1980, Charlesworth et al., 1982), que ainda está em andamento (por exemplo, Lieberman e Eldredge 2014, Pennell et al., 2014a, b, Venditti e Pagel 2014) Parte do legado da teoria do equilíbrio pontuado (Eldredge e Gould, 1972; Gould e Eldredge 1977; Gould 2002) é a constatação de que as espécies estabelecidas geralmente mostram uma evolução líquida mínima ao longo do tempo no registro fóssil. Também se verificou que as diferenças entre as espécies no registro fóssil são menores do que o esperado devido à deriva genética sozinha (p. Ex., Lande 1976; Lynch 1990; Cheetham et al. 1993). O domínio da evolução lenta no registro fóssil não é diretamente derivado do que sabemos dos estudos microevolutivos: os traços quantitativos geralmente apresentam variação genética substancial (Houle 1992, 1998; Hansen et al., 2011), uma seleção forte é comum (Hereford et al. 2004), e uma quantidade considerável de evolução é freqüentemente observada em intervalos de tempo de anos a algumas décadas (Hendry e Kinnison 1999, Kinnison e Hendry 2001, Hendry et al., 2008, mas veja Merila et al., 2001). As observações contrastantes da mudança de evolução em escalas de longo e curto tempo são conhecidas como o "paradoxo da estase" (Wake et al. 1983; Hansen e Houle 2004; Futuyma 2010) e faz a história de longo prazo de A vida parece quase desacoplada do processo evolutivo que estudamos em escalas de tempo mais curtas. A afirmação de que a mudança direcional raramente foi observada no registro fóssil e que a estase era o modo dominante nas linhagens evolutivas (Eldredge e Gould, 1972, Gould e Eldredge 1977, Cheetham 1987, Jackson e Cheetham, 1999) provocaram um intenso debate entre biólogos evolutivos (Gould 1980, Charlesworth et al., 1982), que ainda está em andamento (por exemplo, Lieberman e Eldredge 2014, Pennell et al., 2014a, b, Venditti e Pagel 2014) "
Tabela 2
O presente estudo vai isentar a causa dessas explicações ad hoc: Que julgamos ser a própria submissão e o não questionamento ao uniformitarianismo da constância de decaimento radioativo, que nos “assegura” que como ratos presos na ratoeira, só nos resta comer o queijo e justificar porque a evolução quase parou em meio bilhão de anos (isso se considerarmos apenas os fósseis do fanerozóico, pois se formos falar de bactérias e fósseis pré-cambrianos teríamos que assumir estase morfológica em 3,5 bilhões de anos). Ou como podemos observar nesta tabela que representa apenas uma pequena amostra desta dependencia:
Padrões Fósseis Contrastando Ausência e Presença de Evidências
Fatos |
Evidência de ausência |
Evidência de presença |
Paradoxo da estase morfológica PMS |
De comportamento plástico, geneticamente dinâmico até de espécies com os mesmos genótipos, que estariam em evolução durante milhões de anos, intercalados por catástrofes e intensas mudanças ambientais. |
De um mesmo ambiente em todo o planeta, sistema homogêneo, ou segregado e bastante adaptável as formas de vida, poderia gerar estase morfológica. |
Pobreza taxonômica (250 a 300 mil espécies) sobre estimativas de haver inumerável amostras fósseis. |
De especiação incluindo e sobretudo em tempo real, diversidade, o que resultaria em riqueza de diversificação fóssil e menor disparidade de padrões, pela presença de maior número de padrões morfológicos. A pobreza taxonômica revela ausência de motores evolutivos atuando, o que implica em ausência de tempo geocronológico, que caso houvesse, permitiria a evolução como fato observado, ser identificada na evolução histórica. |
O modelo de Sepultamento de populações ancestrais comuns dos quais derivariam a biodiversidade atual, exceto das morfologias extintas, se revela extremamente coerente com este padrão fóssil. |
Repetição de mesmas espécies e permanência de 4229 gêneros denominados fósseis vivos (Romer, Whitimore) |
De previsão de que as espécies mudam, se especiam, se transformam, não ignoram mudanças ambientais. |
Sepultamento de populações repetindo mesmas espécies no registro fóssil, recomendando modelo de segregação e estratificação espontânea como melhor inferência para a estratificação fóssil, bem como observações ligadas a flutuabilidade de corpos. |
Padrão de surgimento repentino de arquétipos prontos, de planos corporais e sistemas de vida prontos |
De saltacionismo ou gradualismo que deveria haver no registro fóssil, anterior ao surgimento destes arquétipos e planos morfológicos, corporais e sistemas de órgãos e células. |
De que a paleontologia se comunica com a idéia de necessidade de surgimento pronto de sistemas com complexidade irredutível. |
Em bivalves (conchas do mar) houve desaparecimento de morfologias (a nível de famílias) aumentando desde o cambriano, chega a um clímax no permiano e vai caindo a extinção lentamente até as camadas recentes, formando uma parabólica |
Nenhuma previsão para ordenar o aumento de extinção, chegando ao ponto máximo e clímax justamente no momento mais dramático da terra (permiano), para depois haver igual lenta diminuição. Ausência de previsão de que as catástrofes fossem aumentando e depois diminuindo.
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Um momento no planeta repleto de Catástrofes se iniciando, decantando nas camadas mais profundas, aumentando suas deposições erodidas e extinguindo e sepultando vivos cada vez mais, chegando a um clímax e depois diminuindo seus rastros sedimentares fossilizadores, diminuindo cada vez mais a extinção dos que sobreviveram cada vez que as catástrofes diminuísse suas transgressões e regressões marinhas.
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Desaparecimentos coordenados nos topos de estratos . “Dinossauros e muitos outros grupos de répteis e invertebrados marinhos desaparecem do registro no topo do Mesozóico. Outros exemplos de desaparecimentos coordenados em larga escala ocorrem na parte superior do ordoviciano, perto do topo do Devoniano e do topo do Triássico.” |
De razão para tal desaparecimento. |
Segregação e estratificação espontânea (Berthaut, 2008. Maske, 2010) explica a separação de tipos sedimentos em ajuntamentos comuns e pode explicar o desaparecimento em determinadas camadas geológicas ou posições mais altas das mesmas, já que a tendência de corpos é afundar. |
A diminuição da diversidade de microfósseis nas rochas pré-cambrianas. (Schopf JW, 1992) |
De comportamento característico de bactérias de povoarem indeterminadamente quando estão sem competidores |
O processo de lixiviação e filtragem para camadas estando embaixo das sedimentares ou estando em altitudes as quais recebem menor infiltração contendo futuros microfósseis sob águas contendo sílica o suficiente para o processo de fossilização. |
Definições de Espécie, gênero e famílias, e MPTG
Durante décadas, a biologia evolutiva, diante da “plasticidade dos seres vivos” muito citada desde Spencer, 1820-1903 (Lightman & Bernard, 2016), e tão destacada sobretudo desde a imensa revisão bibliográfica feita, quando ainda jovem, por Charles Darwin, tem dificuldades para entender e definir o significado de “espécies”. Atualmente, existem mais de vinte e dois conceitos diferentes de espécies (de Queiroz, 2005). O uso de diferentes conceitos leva a comparações desencontradas na ciência que visa por sistematizar e organizar o conhecimento. Por outro lado, biólogos catastrofistas por décadas têm utilizado para espécies dinâmicas e plásticas, termos e conceitos apropriados mais abrangentes e flexíveis como “tipo” ou “grupo” para o que consideram categorias de organismos relacionados geneticamente, que, em testes de cruzamentos artificiais, gerem emparelhamento cromossômico e pelo menos o início de embrião com características paternas e maternas (Junker & Scherer, 1996). Assim, torna-se prático o agrupamento de clados em torno destes testes de compatibilidade no crossover.
Cada uma das várias categorias de espécies, subespécies e variedades que vemos hoje foram concebidas para se diversificarem de um tipo básico ancestral comum fóssil, portanto consideraremos neste trabalho, a grandeza MPTG (Morphological patterns around the taxon genus), padrões morfológicos em torno de gêneros . Esta grandeza se identifica com fósseis ancestrais, com a falseável hipótese dos tipos básicos (Marsh, 1941), já que “as novas formas tornam-se cada vez mais refinamentos das existentes formas” (Benton et al, 2007). Entre outras observações , podemos dizer que a disparidade morfológica no registro fóssil, quando comparamos táxons mais altos, é alta , e a diversidade de espécies, no registro fóssil, é baixa. Ou seja, um verdadeiro espelho de ancestrais básicos dos quais a maioria de nós (enquanto biodiversidade) descendemos. Analogamente, Muitos troncos e Arbustos com galhos grossos (disparidade), no registro fóssil versus arbustos com infinitas folhagens e raminhos na atualidade(diversidade) . Isso não anula variações morfológicas no registro fóssil , claro que elas existem dentro de um morfoespaço que abriga inclusive mesmos genotipos, e é até esperado que existam evolutivamente , pois as espécies mães possuem cada vez mais , maior pool gênico, uma vez que ainda não estavam desgastadas pelas sucessivas derivas e motores adaptacionais , stressantes e altamente empobrecedores (Mayr), nem pelo acúmulo de genes deleterios que nos lega o motor da entropia genética (Sanford, 2005; Crabtree, 2010).
Diversos exemplos de disparidade e diversidade são citados na literatura (Benedict et al, 2016). Ou seja, defendemos que MPTG ancestrais básicos em suas características de disparidades morfológicas (e baixa diversidade ) foram sepultados, em geral catastroficamente e com “morte súbita”, para se tornarem fósseis, e este modelo nos conta uma história de um período de um momento catastrófico geológico de: 1) Falta de especiação rápida ou lenta, o que, caso houvesse, enriqueceria a taxonomia fóssil, assim como temos hoje na biodiversidade atual (Benton et al, 2007; Futuyama, 2010) 2) Permanência com alto número de mesmas espécies, o que necessitaria de ambiente estável (repetição fóssil sem pressões ambientais que provocariam manifestações adaptativas e evolutivas), 3) Desastre soterrador de população viva evidenciada pelas repetições de mesmas espécies fósseis (o que descaracteriza a pontualidade, tempo longo, e substituiria a parcial sucessão faunística por por “segregação e estratificação espontânea” SEE (Minoletti, 2009, Berthaut, 1986, 1988) que explicam a presença de diversas espécies diferentes segregadas no registro fóssil, bem como não precisam apelar para "ad hoc" para explicarem árvores polistratos e milhares de anacronismos 5) Fósseis de imensos vertebrados completos (o que caracteriza desastre de grande magnitude global e altas taxas de sedimentação, sobretudo de vertebrados completos terrestres), e 6) Mudança drástica no ambiente gerando a radiação adaptativa das espécies nas camadas recentes nas milhões de espécies da biodiversidade atual diversificada por mais que mantenha semelhante numero de padrões corpóreos (Wise, 2013).
Muitas das espécies e suas variações, observáveis hoje, refletem os mesmos padrões morfológicos em torno do táxon gênero (MPTG), apesar de grande parte da literatura designar o táxon superior famílias como padrões morfológicos, o que resulta no fato de lermos na literatura "extinção de famílias "( o que na verdade pode ser apenas gêneros) . Sobre este problema, depois de consultar diversos especialistas e literatura solicitando dados globais sobre quantidade de especies , generos e familias em cada periodo geológico, e receber respostas lacônicas sem solução , comçamos a entender declarações como: “Atualmente, não há uma definição acordada de disparidade, muito menos qualquer consenso sobre como medir” (Wills et al, 1994), então escolhi como melhor síntese a resposta por e-mail, em 2013, encaminhada pelo paleontólogo de Harvard , orientado por Stephen Jay Gould, Dr. Kurt Wise, o qual praticamente repete (porém com maior riqueza) a mesma observação de especialistas consultados, de que as definições e organizações, devido haver inúmeros critérios, estão em falta:
“The best early estimates (by Dave Raup and Jack Sepkoski in the 1980s) were based upon a family-level fossil record data (namely, Sepkoski’s family-level compilation of the marine fossil record). From the number of families that went extinct, the current intra-family species diversity was assumed to be true of the fossil families, and the necessary % species extinction was calculated that would result in that much family extinction (by computer bootstrapping, etc.). Later, after Jack Sepkoski had compiled genus-level data for the marine fossil record (2002, Bulletins of American Paleontology 363), the same sort of calculations were done with the genera that had earlier been done with families. Not only have the species-level data not yet been compiled, but many paleontologists consider that data would be unreliable (because of differences of opinion on how to define paleontological species)”.
Sendo a classificação a nível de famílias algo muito contraditório quando entendemos que família agrupam gêneros que não foram extintos, é comum lermos na literatura dados referentes a uma coisa e outra ao mesmo tempo, ou sobre percentuais ocorridos nas extinção em massa sem o número anterior de onde se retirou tais percentuais. Por mais que isso não tenha gerado tantas correções a nível de descrever extinções (interpretação) ou diminuição de fósseis na estratigrafia (fato), (Sepkoski, 1993), isso inviabiliza ou dificulta outras percepções sobretudo de relação evolutiva no estudo paleontológico. Recentemente gêneros não extintos de bivalves foram classificados como famílias (Gibson, 1996). E devido a isso, tentarmos entender MPTG como uma maneira flexível de lidar com estas imprecisões, o que pode nos ajudar na organização do entendimento geral destas dificuldades classificatórias.
Portanto, MPTG, é o que consideramos como as características peculiares que vão desde os dos tipos básicos matrizes fósseis , até sua descendente diversificação no presente, que ainda hoje estão, exceto famílias e “gêneros” extintos, presentes na maioria das diversas espécies e suas variações encontradas na natureza (Eldredge e Stanley, 1984). Muitas espécies viventes hoje, e suas variações, refletem padrões morfológicos semelhantes. A permanência destes mesmos padrões morfológicos fósseis, por mais que aumente o número de espécies, facilita percebermos os limites da evolução em torno de MPTG , situando e orientando as mudanças possíveis de serem registradas no registro fóssil e testadas seus parentescos na atualidade (Junker & Scherer, 1996). Também o fato desta descontinuidade estar ainda mais marcante no registro fóssil, quanto mais superiores táxons, fortalece esta idéia de descontinuidade sistemática (Carroll, R. L. ,1992).
A tese dos tipos básicos matrizes ou ancestrais (Marsh, 1941), tem sido apoiada pelo fato de o registro fóssil apresentar baixa variabilidade (estase morfológica) e baixa radiação especiativa entre as espécies fósseis (Zimmerman, 1960; Martens, 1997; Albrecht e Wilke, 2008; Alisson, 2013), independente da suas respectivas plasticidades ou maleabilidades fenotípicas ou genotípicas (Ghalambor et al., 2015). Além disso, outros fatores que corroboram a tese dos tipos básicos ancestrais são os mais de 4229 gêneros bem documentados de “fósseis vivos” que são chamados assim por terem sofrido poucas mudanças ao longo do tempo, logo, mantendo-se semelhantes às encontradas no registro fóssil (Romer, 1966; Whitmore, 2013a; Whitmore, 2013b). Provavelmente refletindo idéias de sua época, Darwin chegou a citar essa dedução corrente ao escrever:
"Não há uma verdadeira grandeza nesta forma de considerar a vida, com os seus poderes diversos atribuídos primitivamente pelo Criador a um pequeno número de formas, ou mesmo a uma só? Ora, enquanto que o nosso planeta, obedecendo à lei fixa da gravitação, continua a girar na sua órbita, uma quantidade infinita de belas e admiráveis formas, saídas de um começo tão simples, não têm cessado de se desenvolver e desenvolvem-se ainda!... O venerável e reverendo W. Herbert, mais tarde deão de Manchester, escrevia em 1822, no 4., volume das Horticultural Transactions, e na sua obra as Amaryllidacées (1837, p. 19, 339), que ‘as experiências de horticultura têm estabelecido, sem refutação possível, que as espécies botânicas não são mais que uma classe superior de variedades mais permanentes’. Aplica a mesma opinião aos animais e vê que as espécies únicas de cada gênero foram criadas num estado primitivo muito plástico, e que estes tipos produziram ulteriormente, principalmente pelo cruzamento e também por variação, todas as nossas espécies existentes. Na Nouvelle Flore de l’Amérique Du Nord (1836, p. 6), Rafinesque exprimia-se assim: ‘Todas as espécies podiam ser outrora variedades, e muitas variedades tornaram-se gradualmente espécies, adquirindo caracteres permanentes e particulares’; e um pouco mais adiante (pág. 18) acrescenta: ‘excetuando os tipos primitivos ou ancestrais do gênero’”(Darwin, 1866, capítulo 9, pp.25-26, 577, ênfase nossa).
Quando falamos de estase morfológica no registro fóssil, nos referimos às camadas sedimentares compreendidas entre o ediacara/cambriano até próximo das camadas do período Pleistoceno, ou camadas superficiais, como demonstra diversas publicações baseadas na teoria do equilíbrio pontuado (pontualismo) proposta pelos paleontólogos Niles Eldredge e Stephen Gould (Levinton e Chris, 1980; Woodruff, 1980; Williamson, 1981; Eldredge, 1986; Van Bocxlaer e Hunt, 2013). E não nas camadas atuais onde a variação irradia em multiformes variações e ocorre fossilização também.
Os padrões morfológicos ligados ao táxon gênero MPTG, podem ser observados no registro fóssil surgindo repentinamente em todas as camadas sedimentares, com expressivo aparecimento no cambriano e surgimentos abruptos sem nenhum gradualismo em toda coluna geológica, mas uma repetição surpreendente. Essa constatação tem sido divulgada há décadas pelos adeptos do pontualismo que ainda admitem a estase morfológica e a radiação florescendo em especiações somente nas camadas geológicas mais atuais (Levinton e Chris, 1980; Woodruff, 1980; Williamson, 1981; Eldredge, 1986; Van Bocxlaer e Hunt, 2013). Estudo evolutivo recente corrobora tal afirmação ao dizer que :
"A visão dominante da evolução baseada no registro fóssil é que as espécies estabelecidas permanecem mais ou menos inalteradas durante sua existência. Por outro lado, a evolução substancial é rotineiramente relatada em populações contemporâneas, e a maioria dos traços quantitativos mostra um alto potencial de evolução. Essas observações contrastantes em escalas de tempo longo e curto são muitas vezes referidas como o paradoxo da estase, que se baseia na suposição fundamental de que os períodos de estase morfológica no registro fóssil representam uma mudança evolutiva mínima." (Voje, 2016).
Assim, o presente artigo tem como objeto de estudo esses fatos observados e bem documentados: surgimento repentino fóssil, estase morfológica, repetição de mesmas espécies fósseis em contraste com a explosão de radiação adaptativa revelando todo potencial de plasticidade e maleabilidade dos fenótipos e genótipos dos seres vivos que deveriam estar presente no registro fóssil caso a história evolutiva tivesse ocorrido ali, pois “a diversidade morfológica diminui juntamente com a diversidade taxonômica. Este padrão sugere heterogeneidades como a extinção elevada e / ou a origem reduzida em certas regiões do morfoespaço” (Foote, 1993).
As especiações e variações que, como vimos, carregam os MPTG podem ser observadas ocorrendo em tempo real e histórico-arqueológico, mas estão ausentes na mesma proporção, no registro fóssil. Isto se torna relevante na medida em que percebemos o sucesso reprodutivo das variações e sua permanência ao longo do tempo, pois a variação em torno de gênero não exige grandes bio-transformações, mas deve ocorrer de qualquer forma, em torno do gênero (MPTG) nas amostras fósseis. Hoje, surpreendentemente, segundo o paleontólogo especialista em estatísticas fósseis Dr. Kurt Wise, tecnicamente, o número de planos corporais no registro fóssil não excede o número de planos corporais hoje (Wise KP. 1989), e segundo esta afirmação, temos quase o mesmo número de padrões corporais entre os 250-300.000 fósseis catalogados, comparados aos 2 milhões de espécies vivas hoje já catalogadas, com estimativas de 8,7 milhões e estimativas que vão até 100 milhões de espécies hoje) e as ínfimas 300 mil espécies fósseis do cambriano/edicara ao pleistosceno. (Woodmorappe, 2000; Sadava et al., 2009; Mora et al., 2011; Catalogue of Life, 2016). Quando comparados os padrões morfológicos, esperar-se-ia que tivéssemos um número bem maior de PMTG no registro fóssil se este espelhasse uma amostra da biodiversidade ocorrida em 544 milhões de anos correspondentes ao Fanerozóico. Portanto, o fato do número de espécies atuais, na casa dos milhões, não conseguir transpor o número de padrões corporais presente no registro fóssil, sugere evolução delimitada a padrões morfológicos ou tipos básicos ancestrais (baraminologia) ou MPTG.
Especiação em Tempo Real
A surpresa de muitos diante da especiação rápida e mudanças significativas morfológicas em apenas uma geração, refletia a falta de previsão da teoria do que se esperaria em termos de tempo.
Entendemos a especiação em tempo real como um fenômeno em que duas ou mais populações de uma mesma espécie, se modificam em novos arranjos de informação genética pré-existente, tendo como causa a separação por barreiras geográficas e mortandades, porém em um tempo hábil para que seja possível a observação de todo o processo do início ao fim. (Furness et al 2015). Experiências empíricas promovendo especiação em tempo real , tem sido testadas com sucesso e colocando em xeque cada vez mais o PMS, (Ghalambor et al, 2015), o que demonstra o que “nenhum organismo ignora seu ambiente” (Ezard et e al, 2016).
Podemos ainda classificar o processo de especiação de duas formas: em tempo real ou em tempo histórico-arqueológico. A especiação em tempo real é aquela em que ocorre bio-modificações limitadas ao tipo básico, equivalentes ao surgimento rápido de uma nova “espécie”, observada ̶ por experimentação ou observação não-controlada ̶ em até 50 anos. A especiação em tempo histórico, por sua vez, diz respeito às bio-modificações equivalentes a uma nova “espécie” acima de 50 anos que podem ou não ser observadas devido o tempo de vida do observador ou projeto de pesquisa. Nesses casos, há 50% de chance de observação e os outros 50% restantes dependem do uso da dedução, por exemplo, a partir de análise cromossômica e cálculos de taxas de radiação (Trivedi, 2000).
O papel da deriva genética no processo de especiação
Existem diversos mecanismos envolvidos no processo de especiação (epigenética, deriva genética, seleção natural, influências ambientais e geomagnéticas no crossover (Gorelick, 2005), etc). Devido à especiação estar intimamente relacionada à deriva genética e a conseqüente perda de pool gênico de uma população anterior, estudos do modelo de muitos ancestrais básicos (SRABUC) que apostam na especiação em tempo real, se tornam fundamentais para explicar as evidências atuais de limites à adaptação nos diferentes organismos vivos (Bell, 2013).
A deriva genética é um mecanismo que modifica aleatoriamente e de forma repentina – devido a catástrofes ou a isolamentos diversos, por exemplo, − as frequências alélicas de uma população (Ridley, 2006; Freeman e Herron, 2009). Por outro lado, acredita-se que a seleção natural é direcionada, isto é, elimina muitas mutações deletérias, mutações necessárias se perdem juntas, ignora as mutações neutras e deletérias (principalmente as que se manifestam após período reprodutivo) seleciona os traços sobreviventes e/ou vantajosos pré-existentes ou que comunicaram em face de resposta epigenética ao meio (Sanford, 2014). Porém, como afirmou a bióloga americana Lynn Margulis, “a seleção natural elimina, e talvez mantenha, mas ela não cria” (Teresi, 2011, p. 68). Ademais, devido o fato da deriva genética não fazer distinção entre genes bons e ruins, e a seleção natural falhar também em seu filtro, isso resulta em perda de variação genética (Lacy, 1987), deixando as espécies geneticamente mais pobres e “cada vez mais próximas da extinção”. Em outras palavras, a deriva decepa e empobrece a população de seu “pool gênico” e a seleção natural ajeita mais ou menos o que restou.
Nesta frase farei uma modificação, pra que fique mais técnico.Sabe-se que o efeito da deriva é inversamente proporcional ao tamanho da população, podendo aparecer em diferentes momentos da história das espécies e da própria humanidade. Nesse sentido, é possível que a deriva tenha tido um papel fundamental e sobrepujante ao da seleção natural no que diz respeito ao processo de especiação rápida após uma grande catástrofe.
O processo de especiação após Catástrofes
Grandes catástrofes mundiais são as formadoras da maioria das camadas sedimentares presentes no globo, que estão associadas a imensas inundações e destruições em todo globo (Souza Jr, 2008). As conseqüências da mortalidade em massa gerada, stress endogâmico nas espécies sobreviventes e isolamentos geográficos, deram, alem de outros fatores, condições muito favoráveis para uma rápida especiação (Wilmer et al., 2011). O modelo SRABVSURC defende o sepultamento da biodiversidade de todo planeta por estratificação espontânea nas transgressões e regressões marinhas (Berthault, 1986; Berthault, 1988; Brand e Tang, 1991;Snelling, 1997; Berthault, 1998; Chadwick e Spencer, 2006; Berthault, 2013), seguido de especiações rápidas pelos motores evolutivos adaptacionais que diversificariam os padrões de ancestrais prontos sepultados em um catastrofismo inédito (SRABURC- Standard of Ready Ancestors Buried in Unprecedented Catastrophism ).
O modelo SRABVSURC de história curta da formação das camadas sedimentares prevê um momento em que os poucos seres humanos e animais sobreviventes e isolados por essas catástrofes associadas (de energia e magnitude global) teriam recomeçado a repovoar a terra, e sucessivas derivas e stress endogâmicos de cruzamentos consangüíneos haveriam de ocorrer, exatamente como percebemos em espécies de Denisovans (Prüfer et al., 2013) e nas fundações de etnias de biotipos semelhantes entre si habitando em cima de fósseis de halogrupos dessemelhantes como, por exemplo, mongolóides nas Américas em cima de fósseis dessemelhantes negróides em Lagoa Santa-MG, São Paulo e México. Fato observado também na China de mongolóides habitando em cima de fósseis caucasianos e negroides (Ke, Y, 2001) tanto nas etnias humanas quanto em milhares de outros seres vivos semelhantes entre si isolados de seus parentes.
...” negróides e australóides, voltando a levantar uma grande polêmica que coloca em questão os modelos de povoamento pré-histórico da América. Reforçando a possibilidade de ser a população de Lagoa Santa, como outras populações americanas de mais de 7 mil anos, proveniente de migração muito antiga de grupos não mongolizados, estes novos achados trouxeram de volta e com força para o cenário científico, uma polêmica de 160 anos.”( Mendonça de Souza, 2006)
Nesse contexto, a especiação em tempo real legitima o modelo de um “salto evolutivo” recente, com dois picos bio-diferenciadores relacionados aos episódios do inicio da entropia genética humana (Fu et al., 2013) depois das catástrofes associadas que empobreceriam o pool gênico dos seres vivos e dariam aos sobreviventes, em virtude da migração e do isolamento geográfico, o legado de efeito fundador – situação frequente na especiação peripátrica− em um planeta com um ecossistema totalmente reconfigurado onde o motor epigenético atuaria para corresponder as necessidades do novo ambiente (Ridley, 2006; Eakin, 2014; Weyrich et al., 2016).
A especiação peripátrica é um mecanismo pelo qual podemos explicar o enorme aumento da diversificação pós-catástrofes. É um tipo de especiação pelo qual as espécies novas são formadas em populações periféricas isoladas (Ridley, 2006). Na especiação peripátrica, populações drasticamente reduzidas fazem com que a especiação completa seja o resultado mais provável do isolamento geográfico, porque a deriva genética age mais rapidamente em populações pequenas. Deriva genética somada a fortes pressões seletivas, causariam uma rápida mudança genética na pequena população descendente (Wilmer et al., 2011).
Observações atuais podem servir de exemplo para compreendermos melhor os casos de especiação peripátrica. Estudo recente afirma que “uma análise de mais de 2.000 espécies de pássaros fornece uma visão sobre como evoluíram as diversas formas de bico dos animais e aponta para um único evento raro como um gatilho para a rápida divergência inicial das linhagens aviárias.” (Bhullar, 2017).
Toda essa sucessão de fatos pode ser vislumbrada por meio de um cenário onde a maioria dos organismos destruídos por essas grandes catástrofes associadas e consequentes, deixaria pequenas populações de sobreviventes (Wilmer et al., 2011). Segundo matéria publicada pela Folha de São Paulo a respeito deste achado, “o que pareceu fascinar mais outros biólogos, porém, é a grande velocidade com que o fenômeno do deslocamento de caráter ocorreu. ‘Eu acreditava que fosse demorar muito mais’, comentou na ‘Science’ o biólogo David Pfening, da Universidade da Carolina do Norte. A redução média de 5% no tamanho de bico, considerada drástica pelos biólogos, ocorreu no intervalo de cerca de um ano, praticamente de uma geração para a outra.” (Folha de S. Paulo, 2006).
A surpresa dos biólogos evolutivos com a descoberta desse novo fenômeno (Grant, 2017) se dá devido à falta de entendimento de outros motores coadjuvantes, que atuam nessas bio-modificações limitadas ao tipo básico, tais como epigenética e aspectos energéticos e de temperatura atuando no crossover (Fondon e Garner, 2004; Eakin, 2014). Para a Dra. Jean K. Lightner,45 parece haver três fontes para as variações associadas a radiação adaptativa: 1) hibridização, 2) mutação e 3) triagem ambiental de alelos ancestrais (por mecanismos de seleção natural e deriva meiótica) (Lightner, 2016).
Estas observações, se não encarecem a dívida dos elos perdidos na paleontologia pontualista, aumenta muito a dívida de variabilização taxonômica fóssil para o modelo histórico geológico que assume pelo menos cinco grandes catástrofes separadas por milhões de anos na história da terra.O curioso é que as pesquisas ligadas a especiação em tempo real tanto confirmam as observações de Darwin no âmbito da biologia funcional (equilíbrio pontuado) quanto destrói por completo os postulados evolutivos em termos de períodos geológicos (gradualismo filético), e é perfeitamente comunicável a modelos catastrofistas que aposta numa especiação rápida impulsionada pelo efeito das bio-modificações limitadas ao tipo básico.
Baraminologia e o estudo dos “tipos básicos”
O aparecimento repentino e pronto de formas de vida e de sistemas irredutivelmente complexos (Lonning, 2005), além do número tecnicamente igual (Wise, 1989) de padrões morfológicos quando comparamos taxonomia fóssil de 250-300 mil espécies com estimativas de 9 a 100 milhões atuais, sugere a idéia de um fenômeno de tipos básicos ancestrais surgidos prontos e a permanência numérica de padrões corporais de uma evolução limitada em torno deles (MPTG). Há uma comunicação muito fluente entre o darwinismo biológico e o modelo SRABVSURCbiológico, onde muitos se valem de descobertas evolutivas, como especiação em tempo real, para se aproximar mais da historicidade de curto período de tempo, e utilizando a radiação recente como justificativa para toda a biodiversidade. A teoria da evolução sintética, mais especificamente atuando no âmbito biológico, que ensina a diferenciação das espécies, neste contexto, tem baixa discórdia entre as classes mais avançadas de SRABUC, sobretudo nos cientistas do movimento de “Baraminologia” (Marsh, 1941; Wise, 1992; Robinson e Cavanaugh, 1998; Frair, 2000; Jerlström, 2000; Wood e Cavanaugh, 2001; Cavanaugh e Wood, 2002; Wood, 2010; Aaron, 2014). Suas discordâncias se concentram mais no âmbito da história geo-paleontológica compreendida entre o cambriano/edicara e pleistoceno e/ou camadas superficiais.
Desde 1941, o modelo SRABVSURC é contrário a ideia de que especiação é sinônimo de “evolução” por meio de estudos relacionados às especiações no campo da Baraminologia (Marsh, 1941; Wise, 1992; Robinson e Cavanaugh, 1998; Frair, 2000; Jerlström, 2000; Wood e Cavanaugh, 2001; Cavanaugh e Wood, 2002; Wood, 2010; Aaron, 2014). O biólogo norte-americano Dr. Frank L. Marsh, um dos fundadores da Creation Research Society foi quem cunhou a palavra "baramin". (Marsh, 1941; Frair, 2000) Ela foi derivada da combinação de duas palavras hebraicas − bara (criado) e min (tipo) – referindo-se a tipos básicos criados (espécies, em versões bíblicas em português) (Frair, 2000).
Em 1990, o paleontólogo catastrofista Kurt Wise observou a necessidade de uma biossistemática SRABVSURC− um método de estudo, nomeação, e classificação de baramin (Wise, 1990; Frair, 2000) ou ancestrais de MPTG como defendemos aqui. O campo científico foi oficialmente denominado como “baraminologia”, que de forma simplista significa o estudo dos baramins ou dos tipos básicos ancestrais. Segundo os pesquisadores Reinhard Junker e Siegfried Scherer,“tipos básicos é uma unidade de classificação, um taxon, resultado do trabalho da descontinuidade sistemática como é observado na natureza” (1996, p.34; Wood et al., 2003). Dito de forma simples, tipos básicos criados variabilizaram ao longo do tempo até chegarem ao que conhecemos hoje como subespécies.
Existem algumas regras falseáveis para se considerar um grupo de espécies como pertencentes a um tipo básico ancestral comum. O Dr. Junker e o Dr. Siegrifield Scherer destacam na 6ª edição alemã do livro Evolução, um livro texto crítico:
“todos os indivíduos que estão unidos direta ou indiretamente por cruzamentos são considerados pertencentes a um tipo básico (nível genético). E todas as espécies biológicas que se se assemelham claramente umas as outras pertencem a um gênero (nível morfológico). E todas as espécies biológicas que em princípio podem cruzar entre si pertencem a um tipo básico (nível morfo-genético)”... “dois indivíduos pertencem ao mesmo tipo básico quando a embriogênese de um híbrido vai além da fase maternal do desenvolvimento e contem uma expressão coordenada e genes morfogenéticos paternos e maternos” (Junker e Scherer, 1996, p.34).
Além disso, os baraminologistas usam uma série de critérios metodológicos de adesão para determinar os limites dos grupos baramins (Robinson, 1997; Wood, 2001; Wood, 2002; Wood, 2005; Cavanaugh e Sternberg, 2004). De modo geral, os métodos mostram espacialmente graus de similaridade e de dissimilaridade entre grupos, e podem revelar informações taxonômicas úteis, distinguindo cada vez mais os fatores que dão probabilidade ou não de parentesco, aumentando assim sua contribuição em biologia aplicada a técnicas de melhoramento genético e estudo do comportamento evolutivo das populações.
A baraminologia, também conhecida como sistemática de descontinuidade, está rapidamente se tornando uma das áreas mais ativas de pesquisa SRABVSURC (Scherer, 1993), e algumas de suas metodologias têm sido aplicadas e testadas até mesmo por pesquisadores ligados ao modelo gradualista geológico de ancestralidade totalmente comum com destaques em periódicos com peer-review (Senter, 2010; Wood, 2011). Como já vimos, sua principal finalidade é determinar quais organismos compartilham um ancestral comum (Frair, 2000). A ideia básica defendida neste campo de pesquisa é a de que há limites nas possibilidades de cruzamento que não podem ser atravessados. Nesse contexto, baraminologistas objetivam encontrar as "descontinuidades" na história de vida, ou os limites da ancestralidade comum (Remine, 1993).
Esse campo de pesquisa ganha ainda mais estímulo frente às evidências atuais mostrando que “especialistas” têm erroneamente classificado algumas espécies dentro de um dado gênero por conta do “desejo” em descobrir o ancestral comum universal (Lopes, 2015). Paleontólogos afirmam que um terço das “espécies” reconhecidas como sendo de dinossauros talvez nem mesmo tenha existido (Horner e Goodwin, 2009). Para eles, essas “espécies” podem não ser espécies separadas, mas estágios juvenis ou subadultos, em desenvolvimento, identificados erroneamente como exemplares de outras espécies. Em artigo publicado na revista Science, por exemplo, Schwartz e Tattersall afirmam que esse milagre da multiplicação da nomenclatura das espécies foi longe demais (Schwartz e Tattersall, 2015).
Vale lembrar que, embora a Baraminologia tenha alcançado resultados promissores, suas conclusões não são definitivas (Wilson, 2010). Por ser um campo recente, mais pesquisas são necessárias e seus métodos e técnicas recém-elaborados devem ser mais bem examinados a fim de legitimar ou não a sua função e utilidade na caixa de ferramentas da ciência.
Entropia genética na especiação
E o que dizer dos custos causados quando realmente ocorre a especiação? Outro grande dificultador para o modelo gradualista é que ele é neutro em relação à melhora ou piora do processo de especiação, embora assuma que a deriva genética cause perdas de variação genética em populações pequenas. O modelo de muitos ancestrais básicos sepultados num catastrofismo recente (SRABUC), por sua vez, munido da proposta da entropia genética, defende que a especiação resulta na perda de informação genética e na consequente degeneração do genoma devido às adaptações como recursos evasivos, perigosos, desgastantes para as populações (Ariza, 2007; Sanford, 2014; Crabtree, 2013a; Crabtree, 2013b). Outras evidências corroboram o modelo SRABVSURCno sentido de sugerir que essa perda de informação genética devido a mutações deletérias em humanos tenha se dado recentemente, entre 5.000 a 10.000 anos atrás (Fu, 2013).
A entropia na informação genética é cada vez mais evidente em tudo que se observa: na deriva genética, na seleção/eliminação, nas mutações, nas complexidades imunológicas desgastantes, entre outros mecanismos. Em humanos, por exemplo, as estimativas atuais é a de que ocorram entre 100-200 novas mutações por indivíduo a cada geração (Nachman e Crowell, 2000; Dolgin, 2009; Lynch, 2010). Destas, os dados variam entre 1-15% de mutações deletérias que causariam a perda direta de informação genética em humanos a cada geração (Nachman e Crowell, 2000; Lynch, 2010; Eyre-Walker e Keightley, 1999;Shabalina et AL., 2001; Keightley, 2012).
Em relação ao fitness, um estudo publicado em 1997 estimou entre 1-2% a taxa de perda da aptidão humana, ou seja, um custo genético alto que faz com que a humanidade se degenere a cada geração devido o esgotamento dos recursos adaptativos utilizados para manter sua variedade genética (Crow, 1997). Em 2010, por sua vez, outro estudo estimou que a aptidão humana está em declínio em 3-5% por geração (Lynch, 2010). Também, outro estudo simulando numericamente o acúmulo de mutações deletérias, demonstra além de a maior parte das mutações estarem a esquerda, (-0.001), ou seja, tendência de serem deletérias, “mutações ruins”), elas também estão acumulando, em uma zona chamada de “Zona de Não-Seleção”, por serem “quase-neutras” essas mutações vem se acumulando ao longo das gerações causando dezenas de “erros ortográficos” no genoma populacional. (Sanford et al 2008)
Figura 2 - Distribuição simulada do acúmulo e frequência de mutações deletérias ao longo de gerações e seus efeitos na aptidão populacional.
Gráfico em vermelho mostra distribuição natural de mutações onde não ocorre seleção. As colunas em verde, mostram as mutações atuais que estão se acumulando, ou seja, dominantes. Outras colunas são mutações menores, recessivas que vem se acumulando à medida que chegam a zona quase neutra, próxima à 0.0.
Sucessivas Derivas Empobrecedoras
O zoólogo holandês Duyvene de Wit descreveu perfeitamente esse processo de empobrecimento genético ao afirmar que:
“quando uma população marginal abre caminho para um novo habitat, ela não pode levar consigo todos os genes da população materna, mas sim apenas parte deles. Cada nova raça ou espécie que se origina de outra possui, portanto, um pool gênico mais pobre. Conseqüentemente, a perda de substância do ‘pool’ gênico é o preço que cada raça ou espécie tem de pagar pelo privilégio de existir. Se o processo de especiação ocorrer repetidas vezes consecutivamente, surgirão por fim, espécies cujos ‘pools’ gênicos estão tão completamente esgotados que bastam alterações insignificantes nas condições ambientais para que elas venham a se extinguir. Esforços para se adaptar a modificações ambientais como resultado de possibilidades insuficientes de recombinação levam, por fim, a um estado genético mínimo. Se este limite mínimo for ultrapassado, não haverá mais possibilidade de sobrevivência. Por essa razão, o destino trágico e irrevogável das espécies ou raças especializadas, extremamente adaptadas, é a morte genética” (Kahle, 1999, p.87; Junker e Scherer, 1996).
Portanto, a proposta SRABVSURC é razoável e se torna cada vez mais corroborada pelos dados científicos ao afirmar que os seres vivos do passado eram mais flexíveis evolutivamente , tinham maior fitness adaptativo, eram saudáveis e sem acúmulo de carga negativa de mutações deletérias e não eram aptos em relação aos problemas de hoje, eram sem os defeitos oriundos das adaptações forçadas e das pressões seletivas distintas a fim de que viessem a subsistir. Vale lembrar que sub-especiações, quanto mais verificáveis em tempo real, mais provam a bio-modificação em curto período de tempo, tal como prevê o presente modelo neocatastrofista de impactos de asteroides.
Registro fóssil e a ausência de diversificação de espécies
Especiação proporcional ao comportamento biodiferenciador observado está ausente pelo fato de existir apenas cerca de 250-300.000 tipos fósseis se repetindo dentre as estimativas de trilhões ou inumeráveis amostras, em todos os estratos geológicos até o pleistosceno (Woodmorappe, 2000; Sadava et al., 2009; Loceye Lennon, 2016). Este fato indica a ausência de sequências durante o processo de especiação quando contrastada com as estimativas de 8,7 milhões de espécies vivas atualmente (Mora et al., 2011). Este salto indica uma catástrofe no meio , assim como temos a obviedade de inicio de camadas sedimentares trazendo rica informação fóssil no ediacara/cambriano e todo o diferencial das camadas do fanerozoico com as pré-cambrianas, tudo nos fala de uma gigantesca catástrofe que iniciou sua deposição ali .
Em outras palavras, a ausência de “diversidade” no registro fóssil revela que as diferenciações ocorrem mais no presente (milhões de espécies) do que em toda coluna geológica (com apenas 3 centenas de milhares). Este episódio indica um tempo em que os seres vivos não precisavam se sub-especiar (bio-modificar) e se adaptar com frequência pra sobreviver, porque viviam em um ambiente mais propício para a vida, estável, assim como a PMS requer.
Evidências recentes apontam que o início da diversificação de alguns gêneros de plantas consideradas “fósseis vivos”, por exemplo, ocorreu ao mesmo tempo ao redor do mundo e em um período muito mais recente do que se supunha, revelando conflitos na proposta gradualista das espécies (Nagalingum et al., 2011). Ademais, foi relatado que essa rápida diversificação teve como causa uma grande mudança climática. Outro exemplo semelhante vem de Ernest Mayr :
“In evolutionary biology we have species like horseshoe crabs. The horseshoe crab goes back in the fossil record over two hundred million years without any major changes. So obviously they have a very invariant genome type, right? Wrong, they don't. Study the genotype of a series of horseshoe crabs and you'll find there's a great deal of genetic variation. How come, in spite of all this genetic variation, they haven't changed at all in over two hundred million years while other members of their ecosystem in which they were living two hundred million years ago are either extinct or have developed into something totally different? Why did the horseshoe crabs not change? That's the kind of question that completely stumps us at the present time.”
Aliás, são vários os motores adaptacionais e modificacionais integrados reconhecidos atualmente. O fato de eles existirem nos seres vivos, nos permite sugerir que as bio-modificações nunca deixaram de existir, nunca e em hipótese alguma não podemos dizer que evolução e flexibilidade nos seres vivos é fato somente hoje.
Outro padrão do registro fóssil parece sugerir mais o movimento de segregação e estratificação espontânea que (Dilly et al, 2015: Berthaut, 1986, 1988, 2002, 2004, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014; Lalomov, 2007, 2013; Julien, P.Y, 1993), reproduzem em laboratório . Um deles é o desaparecimento coordenados: “Desaparecimentos coordenados . Um grande número de espécies fósseis podem desaparecer do registro geológico em um nível estratigráfico específico (ver Figura 3). O desaparecimento nunca está completo, mas existem vários exemplos em que as estimativas indicam que mais de 50% das espécies desaparecem no mesmo nível estratigráfico. 6Os limites entre níveis estratigráficos são frequentemente identificados com base em desaparecimentos coordenados. O maior exemplo disso é o desaparecimento de quase metade das famílias (ver Figura 3) e cerca de 95% de todas as espécies no topo do Paleozoico. Dinossauros e muitos outros grupos de répteis e invertebrados marinhos desaparecem do registro no topo do Mesozóico. Outros exemplos de desaparecimentos coordenados em larga escala ocorrem na parte superior do ordoviciano, perto do topo do Devoniano e do topo do Triássico. O desaparecimento coordenado é um padrão de subtração. Não foram relatadas tendências sustentadas neste padrão”.(Gibson, 1996)
Figura 3 - Padrão estratigráfico do número de famílias de invertebrados marinhos representados pelos fósseis em cada nível estratigráfico. (Após Sepkoski 1993, ver Nota 6.)
Nível Estratigráfico: V = Vendian; Cm = Cambriano; O = ordovicêutico; S = Siluriano; D = Devoniano; C = Carbonífero; P = Permiano; Tr = Triássico; J = Jurássico; K = Cretáceo; T = Terciário. Pontos marcados como 1-5 representam as cinco maiores "extinções em massa"
A segregação estratigráfica espontânea de corpos e sedimentos comuns, explica uma certa alternância entre presença de muitos fósseis de uma categoria seguido de falta dela (o que é interpretado como extinção em massa) .
O PMS gera muita necessidade de deduções e modelos modelos matemáticos, simulações macroevolutivas em computadores, entre inumeráveis justificativas, que como esforços , como se referiu o Dr Tamborini em relação a paleontologia idiográfica, "são científicos em um sentido puramente descritivo, mas são completamente inúteis para investigações biológicas. Finalmente” (Tamborini, 2015).
Alegações que em 90% dos 544 milhões de anos totais do Fanerozóico, as bio-modificações se estagnaram, repetindo na coluna geológica as mesmas espécies, e só recentemente nas camadas mais atuais (superiores) é que houve biodiversificação em larga escala (radiação) (Gould, 1981) dão um exemplo de descrições científicas terem maior peso do que os dados em si. Além destas justificativas em relação a PMS, temos gigantesca lista de ad hocs justificadores de claros anacronismos geocronológicos como por exemplo, tecidos moles e suposta inesperada preservação de proteínas de animais fossilizados, datados entre 60-120 Ma; onde os autores em vez de questionarem as intocáveis datações absolutas, resolvem buscar formas de justificar incriveis preservações de frágeis proteínas, outro exemplo vem da propria radiometria datacional , com a presença inesperada de carbono 14 datável em diamantes “incontamináveis” de 300 Ma (Baumgardner, 2005);, e quase uma centena de perspectivas e métodos datacionais , que são esquecidos, pela preferência daquilo que combina com o tempo do paradigma geocronológico vigente. Ver TABELA 2.
Figura 4 - Fluxo das interpretações geocronológicas quanto ao PMS, tecidos moles, carbono 14 , onde a geocronologia assumida obriga pesquisadores a fabricarem justificativas ad hoc a direita do que interpretarem o fato em si .
Calcula-se que C14 numa amostra tenha desaparecido totalmente após 100-250 mil anos , já que sua meia vida é de apenas 5730 anos , fato que leva muitos ao dogma de que não se testa coisas supostamente de Ma com C14. No entanto, desafiando esta convenção, foram feitos milhares de testes da equipe do geofísico Dr John Baumgardner no çlaboratorio de Los Álamos, Texas, os quais demonstraram que rochas de 300-500 milhões de anos continham quantificações de teor datável de C14; diante de ad hocs justificando tal anomalia , os críticos recorreram a contaminação, então eles testaram até mesmo em diamantes “incontamináveis” ( a possibilidade de contaminação em diamantes chega a ser desprezível) dando semelhantes resultados e confrontando a geocronologia convencional. (Baumgardner, 2005)
Dr. Tom Kemp, curador das coleções zoológicas do Museu de História Natural da Universidade de Oxford, por exemplo, fez a seguinte admissão: “como é agora bem conhecido, a maioria das espécies fósseis aparecem instantaneamente no registro fóssil, persistem por alguns milhões de anos praticamente inalterados, e apenas desaparecem abruptamente” (Kemp, 1985, p. 67).
Darwin sugeriu que os seres vivos surgiam por evolução gradativa, e esperava que um dia o registro fóssil confirmasse sua predição, porém não foi o que ocorreu: Darwin estava errado. Dia após dia, os inúmeros fósseis escavados por todo o mundo têm refutado a hipótese de mudança gradual em camadas sobrepostas supostamente cronológicas. Ao contrário do que Darwin esperava, os dados recentes revelam padrões de aparecimento súbito (explosões) seguido por longos períodos de pouca mudança.
O famoso paleontólogo evolucionista Niles Eldredge admitiu na revista New Scientist que:
"os paleontólogos desde Darwin têm feito buscas (em grande parte em vão) de sequências de séries graduadas de fósseis que se destacam como exemplos do tipo de transformação global de espécies que Darwin imaginou como o produto natural do processo evolutivo. Poucos viram qualquer razão para duvidar − embora seja um fato surpreendente que [...] a maioria das espécies permanecem reconhecidamente as mesmas, praticamente inalteradas ao longo de sua ocorrência em estratos geológicos de várias idades" (Eldredge, 1986, p.55).
A ausência de fósseis intermediários é demasiado óbvia para os evolucionistas encobrirem por mais tempo. O biólogo evolutivo Dr. David Woodruff da Universidade da Califórnia expressou na revista Science o desapontamento de evolucionistas relativo à ausência no registro fóssil de formas transicionais: "as espécies fósseis permanecem inalteradas durante a maior parte de sua história e o registro não consegue conter um único exemplo de uma transição significativa." (Woodruff, 1980, p.716).
Portanto, diante de tantas admissões, finalmente concordamos com a bióloga evolucionista Lynn Margulis quando diz que:
“não há nenhum gradualismo no registro fóssil. [...] O ‘equilíbrio pontuado’ foi inventado para descrever a descontinuidade no surgimento de novas espécies. [...] Os críticos, [incluindo os críticos SRABUCS], estão certos nas críticas que fazem. [...] Os biólogos evolucionistas acreditam que o padrão evolucionário é uma árvore. Não é!” (Teresi, 2011).
Exemplos de especiação rápida
Existem diversos relatos de surgimento de novas “espécies” em períodos que variam de dezenas há milhares de anos. Segundo essas informações, a especiação é um fenômeno que não necessita de milhões de anos para acontecer. O biólogo norte-americano Dr. James Gibson, Diretor do Instituto de Pesquisa em Geociência (GRI, na sigla em inglês), instituição afiliada à Universidade de Andrews (EUA), mantida pela IASD, descreveu um exemplo de especiação em tempo real: “uma nova espécie de copépode [crustáceos] formou-se no Mar Salton no sul da Califórnia em menos de 30 anos.” (Johnson, 1953; Gibson, 2002).
Estudos diversos têm relatado que apenas entre 10 a 36 anos as populações diferentes de lagartos sofreram alterações morfológicas significativas o suficiente para serem consideradas novas “espécies” (Morrell, 1997;Herrel et al., 2008). Outros exemplos conhecidos de especiação em tempo real incluem bactérias (Shikano et al., 1990), moscas (Huey et al., 2000), tentilhões (Grant e Grant, 2006), rãs (Hoskin et al., 2005), escaravelhos (Halliburton e Gall, 1981) e plantas (Groves e Groves, 1880; Foucaud, 1897; Marchant, 1963).
Dr. Gibson forneceu ainda exemplos de especiação em tempo histórico-arqueológico: “uma população de macacos verdes viveu na ilha de St Kitts no Caribe por menos de 100 anos, mas desenvolveu aspectos morfológicos equivalentes a uma nova espécie.” (Ashton et al., 1979; Gibson, 2002). “O Havaí não tinha bananeiras até cerca de 1000 anos atrás, no entanto há mariposas havaianas nativas que só se alimentam de bananeiras. Estas novas espécies surgiram em menos de 1000 anos.” (Zimmerman, 1960; Gibson, 2002). Diante desses exemplos, Dr. Gibson conclui: “a capacidade de mudanças rápidas está confirmada tanto por experimentação como por observação da natureza” (Gibson, 2002).
Saltos Morfológicos e Descontinuidades no planeta e seres vivos (acréscimo)
Tanto na geologia, como nos seres vivos, observamos saltos e descontinuidades marcantes que revelam algo estável no recente passado, em franco contraste com situações de extrema modificação e adaptação no presente.
A crosta continental nunca foi mais a mesma, mas ocorre a descontinuidade sistemática na substituição por uma crosta marinha geoquimicamente distinta que se formou após a separação de placas que sustentavam unidas os continentes antes de se racharem. Isto indica que o planeta era de uma maneira e depois que a crosta fendeu, nunca mais foi mais o mesmo, ou possui a tendencia cíclica de voltar a ser o que foi algum dia por forças naturais.
No registro fóssil temos um flagrante exemplo de descontinuidade em tamanho onde as espécies ancestrais se contrastam com as atuais em relação ao seu tamanho. Inúmeros exemplos podemos listar .
O contraste numérico da atual diversidade contrastada com a pobreza taxonômica nas amostras retiradas de estimativas de haver trilhões de amostras fósseis, parece se repetir nos contrastes morfológicos indicando um momento catastrófico que descontinuaria tanto a terra como os seres vivos.
O contraste também se verifica na forma como as camadas geológicas eram formadas nos padrões entre o cambriano/ediacara até camadas chamadas de pleistosceno, quanto a pacotes únicos, espessos e largos, com as camadas atuais sedimentares extremante distintas .
O código genético tem entre as tendencias, o de acúmulo de defeitos e perda de informações ; tudo nos fala de uma degeneração, entropia tanto genética quanto física, sem nenhuma esperança de que forças aleatórias possam resgatar ciclicamente a ordem e/ou características anteriores, exceto em casos excepcionais que não fazem a regra, mas apenas excepções relativas de pouco impacto no conjunto de fatores que viabilizam a vida.
Conclusão
Padrões morfológicos em torno do táxon gênero (PMTG) se identificam com fósseis ancestrais básicos sepultados num catastrofismo recente (SRABUC), pois este modelo respeita o fato da especiação rápida observada, que exigiria uma variabilidade proporcional muito grande no registro fóssil, caso representasse a evolução em milhões de anos (PMS), e isto além de não existir tal variação taxonômica, ainda se confirma com estase morfológica, repetição das mesmas espécies e 4229 gêneros de fósseis vivos, quadro este que reflete um sepultamento repentino dos seres vivos do planeta e não uma suposta história evolutiva da vida de Ma. Relatos de especiação na história e arqueologia, capazes de justificar toda biodiversidade em pouco tempo, nos mostram que deveríamos ter muito mais variabilidade no registro fóssil do que há, o que, dado o fato da evolução ser verificada, podemos certificar que não houve tempo para que ela atuasse. A explosão cambriana, a ausência de variabilidade amostral fóssil (estase morfológica fóssil e pobreza taxonômica) e falta de radiação especiativa no registro fóssil (diversificação) até o pleistoceno, nos conta uma história de um período de: 1) surgimento rápido e pronto de formas de vida , 2) permanência morfológica com alto número de espécies em ambiente estável (repetição fóssil sem pressões ambientais evolutivas e adaptativas, e sem grandes catástrofes intercalando tempo), 3) desastre soterrador de população viva evidenciada pelas repetições de mesmas espécies fósseis (o que descaracteriza a pontualidade), 4) presença de diversas espécies diferentes unidas no registro fóssil, fósseis de imensos vertebrados completos continentais(o que caracteriza desastre de grande magnitude e altas taxas de sedimentação), e 5) mudança drástica no ambiente gerando a radiação das espécies (diversificação) nas camadas recentes de forma amostral (fósseis recentes) e nas milhões de espécies na biodiversidade atual. “Enquanto há 200 anos, os naturalistas achavam que havia talvez cinco ou dez mil espécies na Terra, estimativas atuais... coloque o valor em dez ou 20 milhões. Costuma-se supor que a vida nunca tenha sido mais diversificada do que é hoje”. (Benton et al, 2007) Estes pontos levantados, questionam a geocronologia , e não buscam , como muitos de artigos científicos o fazem, justificar com ad hocs as anomalias anacrônicas do que se esperaria encontrar nos fatos paleontológicos, mas destacam inteerpretações mais independentes da geocronologia convencional, sugerindo assim amplo questionamento das datações de alta escala de tempo , chamadas de “absolutas” e em especial, da hipótese uniformitarianista de que nada acelerou o decaimento radioativo envelhecendo rochas durante os supostos bilhões de anos aferidos, que ainda imperam por décadas sobre o pensamento dinâmico e científico moderno, mesmo possuindo talvez centenas de métodos e aperfeiçoamentos para acelerar decaimento radioativo e digamos assim, envelhecer as rochas com voltagens e ambientes que representam uma irrisória comparação com o que ocorreu quando bólidos imensos cairam sobre a terra, onde aproximadamente 99,8% foram apagados pela dinâmica tectônica, marítma , erosiva e sedimentar da terra.
A estase morfológica no registro fóssil só pode representar o sepultamento de uma população em um só momento , qualquer interpretação que avançar um milímetro sequer desta realidade, contrariará tudo que conhecemos sobre evolução e plasticidade adaptativa das espécies ao longo do tempo.
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GLOSSARIO
Paradoxo da Estase Morfológica - Permanência de mesma ou semelhante forma durante os achados do registro fóssil nos estratos e camadas geológicas. Esta permanência é precedida por surgimento pronto (sem etapas evolucionarias achadas antes nem lateralmente no sentido de ligar evolucionariamente um padrão morfológico fóssil ao outro (disparidade ou diferenciação de padrões morfológicos aumentada no registro fóssil) , bem como extinção da forma no registro fóssil , e as vezes reaparecimento daquela forma extinta , da espécie ou forma padrão, viva hoje .
Geocronologia - A geocronologia convencional seria a datação "absoluta" adotada para datar as camadas geológicas como se fossem períodos de tempo geológicos . Já a geocronologia catastrofista publicou exemplos como o cambriano em artigos de jornais especializados de geologia , se tratar de mega-estratificações geradas por altíssimas taxas sedimentares durante evento catastrófico e rápido de "magnitude global" (Souza, N J, 2001). Esta segunda opção de interpretação dos fatos geológicos explica dobras,
Taxonomia - Reunião de grupos de seres vivos em agrupamentos de escalas de características comuns , chamados táxons. Taxonomia é a classificação dos seres vivos em táxons. Em suma teríamos
Na visão dos taxonomistas conforme Cavalliere, 2004
Only six kingdoms of life, por Thomas Cavalier-Smith.
Estatística Fóssil, Fósseis Vivos, Tipos Básicos Ancestrais, Catastrofismo e Neocatastrofismo, Especiação Em Tempo Real, Estase Morfológica, Pontualismo, Saltacionismo, Parcimônia, Epistemologia, Aceleração de Decaimento Radioativo, Uniformismo, Segregação e Estratificação Espontânea, Paleontologia em T, Impactos, Meteoro, Asteroide, Plasma, Tokamak, piezoelétrico, decaimento radioativo, urânio, Fusão Nuclear, Fósseis Vivos, Diamantes, Temporalidade, Carbono 14, Tecidos moles, Métodos de Datação, Paleobiologia.